terça-feira, 22 de março de 2016

Os serviços de informação e a crise na Europa e Médio Oriente

Na Alemanha do pós-guerra há duas organizações distintas de serviços secretos.

O Bundesnachrichtendienst ou BND (em português Serviço Federal de Informações), fundado em 1 de Abril de 1956. Tem como objectivo assuntos exteriores à Alemanha e coopera com a controversa NSA.

Depois há o Bundesamt für Verfassungsschutz (BfV, em português: Ofício Federal para a Protecção da Constituição), fundado no começo dos anos 50. Destina-se a problemas internos, vigiando os movimentos e indivíduos suspeitos de porem em causa a constituição do pós-guerra. Tem sede em Colónia.
Movimentos como o NPD e a cientologia estão sob a mira deste serviço de informações.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/servicos_secretos_alemaes_acreditam_que_governo_sirio_foi_o_responsavel_pelo_massacre_quimico.html

http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-10-15-Servicos-secretos-alemaes-suspeitos-de-espiarem-Franca-e-EUA-por-conta-propria

O mais activo no envolvimento da crise do Médio Oriente é efectivamente o BND.
A intermediação de confiltos entre Hamas, Hezbolah e Israel são disso exemplo, tal como aconteceu em 2006, no conflito entre estas duas forças e Israel.

O facto de a Alemanha não ter sido ainda alvo de ataques terroristas em larga escala, nem motins urbanos ao nível dos que já tiveram lugar em França pode levar a conjecturar a eficácia destes serviços e a proximidade dos movimentos armados das zonas de conflito.
Presidida por Gerhard Schindler e contando com cerca de seis mil colaboradores, reporta directamente ao Ministério do Interior alemão.

Será que o escândalo de 2014, que levou à expulsão do espião da CIA , em Berlim, causada por um agente da BND, que cooperava com a NSA, que revelou documentos secretos à congénere americana, pode levar a crer que estes serviços secretos dispõem de uma posição estratégica que lhes dá vantagem em relação aos focos de conflito nas imediações na Europa e os movimentos terroristas de que deles resultam ?

segunda-feira, 14 de março de 2016

Detrás de la Razón - Guerra Mundial, Rusia, EEUU y Arabia Saudí en Siria



La Tercera Guerra Mundial parece estar llamando a la puerta. La puerta se llama ‘Siria’. Y uno de los que quiere tocarla, es Arabia Saudí.

Si la toca, se podría desatar una guerra sin fin, una guerra mundial, al menos eso dice el primer ministro ruso, Dmitri Medvedev, quien suena las alarmas ante la intención de Arabia Saudí de pretender enviar miles de soldados a que hagan una invasión terrestre en la nación siria.

Arabia Saudí incluso dice que podría ser irreversible la decisión. Francia, lejos de su postura de hace unos meses cuando coincidía el presidente François Hollande con el ruso, Vladimir Putin, ahora se tiende más hacia Arabia Saudí, pues los franceses acusaron a los rusos de estar asesinando civiles y destruyendo hospitales con sus bombardeos aéreos sobre Siria.

Por otra parte, el canciller ruso, Serguei Lavrov, lo negó inmediatamente. Turquía por el contrario, le encantó la idea de invadir Siria, que ya está prestando sus bases para que aterricen los aviones saudíes que luego incursionarían sobre terreno sirio.

Es más, el Gobierno de Ankara no descarta participar hombro a hombro en tierra siria con soldados saudíes.

El peligro es que el Gobierno sirio sentenció que cualquier invasión terrestre sin su permiso aunque sea con el pretexto de acabar con los terroristas, será considerada una agresión, y los agresores regresarían en cajas de madera a sus casas.

Aún más, Rusia siempre ha considerado defender al Ejército de Siria. Es por eso que esta ecuación donde hay muchos actores internacionales bombardeando (EE.UU., Francia, Rusia) podría desencadenar en una guerra mundial.

Dos días antes, Lavrov y Kerry acordaron una tregua, Rusia no bombardea y la oposición siria tampoco, tregua que entraría en vigor dentro de una semana. Pero el anuncio de este plan se hizo antes y no importó a la pretensión invasora de Arabia Saudí.

¿Cómo se mueven las fichas en este Oriente Medio que cada vez más se convierte en un polvorín sin salida?


Fonte: http://www.hispantv.com/showepisode/episode/detras-de-la-razon---guerra-mundial,-rusia,-eeuu-y-arabia-saudi-en-siria/21770

quarta-feira, 9 de março de 2016

Plantas herbáceas: Urtiga-comum

Urtiga-comum (Urtica dioica)



Descrição botânica:
Planta perene, de caules prostrados e delgados, produzindo cada ano ramagem até 1,5m de altura. Folhas opostas, pecioladas, ovado-lanceoladas, de bordos serrados. A estrutura aérea da planta possui um grande número de pelos, alguns dos quais (os maiores) são urticantes. É uma planta dióica (diferenciada em indivíduos masculinos e femininos). Flores estão dispostas em inflorescências ramificadas (panículas) penduradas a partir dos nós superiores. Individualmente, são pequenas e pouco chamativas, com 4 estames (no caso das flores masculinas) ou o gineceu (nas flores femininas). O fruto é um pequeno aquénio. Floresce na Primavera e Verão.
Habitats: Prados, campos de cultivo, nas proximidades de habitações, bosques.
Perigos conhecidos: As folhas da planta possuem pelos urticantes e podem causar irritação da pele. Este efeito é neutralizado pelo calor ou ao esfregar hortelã. No entanto, as folhas cozinhadas não apresentam qualquer perigo e são bastante nutritivas. Devem usar-se apenas as folhas jovens pois as mais velhas podem irritar os rins.
Usos alimentícios:
As folhas jovens são cozinhadas como verduras e adicionadas a sopas, etc. Também se podem secar para utilizar no Inverno. São um alimento bastante nutritivo que se digere facilmente e é rico em minerais (especialmente ferro) e vitaminas (especialmente A e C). A única precaução a ter consiste em colocar luvas ao colhê-las. Quando as folhas são cozinhadas ou secas, estas perdem o seu poder urticante e podem ser consumidas sem problemas. Os rebentos tenros colhidos na Primavera quando têm entre 15 e 20cm são os ideais.  As folhas velhas podem ter um efeito laxante.
 
 

Com as folhas secas, faz-se um chá quente de sabor suave.
Os rebentos jovens podem ser usados na produção de cerveja.
 
Outros usos:
Dos caules obtêm-se fibras usadas para fazer cordas ou para tecer. (ver www.jonsbushcraft.com/Nettle%20cordage.htm (em inglês)). Também se faz um papel de boa qualidade. As fibras são produzidas em menor quantidade que as do linho e são mais difíceis de extrair.
Os resíduos vegetais que se obtêm depois da extracção das fibras são uma boa fonte de biomassa que tem sido usada na produção de açúcar, álcool etílico, amido e proteínas.
Um óleo obtido a partir das sementes é usado para iluminar.
É uma das plantas aconselhadas em Agricultura Biológica para a activação bacteriológica da pilha de compostagem. As folhas são também uma excelente adição à pilha de compostagem. Com a planta inteira podem-se fazer macerações com propriedades insecticidas, podendo também ser aplicadas como fertilizantes foliares.
Supõe-se que as urtigas aumentem a concentração de óleos essenciais das plantas vizinhas, tornando-as mais resistentes a doenças.
Apesar de muitas espécies de insectos se alimentarem de urtigas, as moscas são repelidas pela planta. Geralmente, basta colocar um punhado de urtigas nos locais destinados a guardar alimentos.
É possível obter-se uma tinta verde permanente a partir da cozedura de folhas e caules.
 
 

segunda-feira, 7 de março de 2016

Explica-me o que é o BCE...

QUE É O BCE?
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.

E DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE?
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.

E É MUITO, ESSE DINHEIRO?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.

ENTÃO, SE O BCE É O BANCO DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NÃO? COMO QUALQUER BANCO PODE EMPRESTAR DINHEIRO A UM OU OUTRO DOS SEUS ACCIONISTAS ?
- Não, não pode.

PORQUÊ?!
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.

ENTÃO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO?
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.

AH PERCEBO, ENTÂO PORTUGAL, OU A ALEMANHA, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NÃO VAI AO BCE, VAI AOS OUTROS BANCOS QUE POR SUA VEZ VÃO AO BCE.
- Pois.

MAS PARA QUÊ COMPLICAR? NÂO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRÉCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE?
- Bom... sim... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!

AGORA NÃO PERCEBI!!..
- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

MAS ISSO ASSIM É UM "NEGÓCIO DA CHINA"! SÓ PARA IREM A BRUXELAS BUSCAR O DINHEIRO!
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.

ISSO É UM VERDADEIRO ROUBO... COM ESSE DINHEIRO ESCUSAVA-SE ATÉ DE CORTAR NAS PENSÕES, NO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO OU DE NOS TIRAREM PARTE DO 13º MÊS.
As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.

MAS QUEM É QUE MANDA NO BCE E PERMITE UM ESCÂNDALO DESTES?
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.

ENTÃO, OS GOVERNOS DÃO O NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS A 1%, PARA DEPOIS ESTES EMPRESTAREM A 5 E A 7% AOS GOVERNOS QUE SÃO DONOS DO BCE?
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6, a 7% ou mais.

ENTÃO NÓS SOMOS OS DONOS DO DINHEIRO E NÃO PODEMOS PEDIR AO NOSSO PRÓPRIO BANCO!...
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

MAS, E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS?
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.

MAS ENTÃO ELES NÃO ESTÃO LÁ ELEITOS POR NÓS?
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século, para cá. Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.

E ONDE O FORAM BUSCAR?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...

MAS METERAM OS RESPONSÁVEIS NA CADEIA?
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.

E ENTÃO COMO É? COMEMOS E CALAMOS?
Oh pá, Isso já não é comigo, né?
Eu só estou a explicar... caraças!!!!