segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Plantas herbáceas: Acelga-marinha

Acelga-marinha (Beta vulgaris maritima)


Planta silvestre, ancestral da beterraba e da acelga (pertencem todas à espécie Beta vulgaris).

Habitat: Nativa da região mediterrânea. Encontra-se presente principalmente em zonas costeiras arenosas ou pedregosas e nas bermas de caminhos. Não tolera sombra mas é tolerante a solos salinos.

Descrição botânica: Planta herbácea, podendo atingir 2 metros de comprimento. Raiz profunda mas, ao contrário da beterraba (vermelha e sacarina) não é carnuda. Caule de cor verde-clara, rosada ou esbranquiçada, mais fino que o da beterraba. Folhas são alternas e inteiras, de forma lanceolada ou ovado-romboidal, de consistência carnuda e cor verde-escura, podendo chegar aos 20cm de comprimento.


As inflorescências (1 a 8 flores por inflorescência) estão dispostas em espiga e as flores encontram-se intercaladas com pequenas folhas. As flores são hermafroditas e possuem 5 sépalas verdes e 5 estames. Flores por abrir podem estar unidas umas com as outras através de uma substância avermelhada.


Usos alimentícios:
Folhas jovens, cruas ou cozidas. Possuem um bom sabor na Primavera. Devem ser colhidas antes que a planta floresça pois, à medida que se vão desenvolvendo, adquirem um sabor bastante amargo. Algumas pessoas não gostam das folhas cruas pois estas podem deixar um sabor desagradável na boca.
As folhas são ricas em vitaminas A, B e C, hidratos de carbono e minerais como o potássio, ferro, zinco, sódio e ferro.

Outros usos:
Medicinal: Embora seja uma planta pouco utilizada no herbalismo moderno, a acelga marítima tem uma longa história de uso popular especialmente no tratamento de tumores. Tradicionalmente, era recomendado o consumo regular de acelga a pessoas que sofriam de doenças coronárias e diversos tumores. Têm, ainda, efeito diurético, anti-anémico, hepatoprotector e emenagogo.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

E se o seu banco falir?



        Numa época de turbulência económica, financeira e política, há cenários que são colocados em hipótese e geram preocupações pertinentes. No caso de Portugal, situações como as do BPN e do Banco Espírito Santo, cujo número de lesados tem tido impacto mediático significativo, podendo gerar um impacto financeiro também assustador. Neste sentido, muitos de nós com poupanças construídas durante muito tempo e por vezes com algum sacrifício nos questionamos: será que ter dinheiro no banco é seguro? E se o banco falir, está tudo perdido?
       Longe do ruído de notícias e situações conjecturais que andam de boca em boca, há que abordar a situação com factos concreto e certezas assentes na legislação em vigor desde há muito tempo.
       Assim, mediante o tipo de produto financeiro em que está materializada a sua poupança, há mecanismos vários que podem proteger a sua poupança, pelo menos parcialmente. O Fundo de Garantia de Depósitos — FGD é um mecanismo de salvaguarda do sistema financeiro que abrange todos os depósitos obtidos por bancos sediados em Portugal e na UE e, mesmo, fora da UE e que garante um reembolso até um valor máximo de 100.000€ por cada instituição de crédito e por cada titular, incluindo os juros até à data da falência do banco.
       Noutra circunstância, no que toca a fundos de investimento e bolsa de valores, existe o Sistema de Indemnização aos Investidores, que é um mecanismo que visa, essencialmente, a defesa dos pequenos investidores nos mercados financeiros. Criado em 2000, o SII garante a cobertura das verbas devidas a estes investidores pelos intermediários financeiros (por exemplo, bancos, corretoras ou sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário) quando estes não tenham capacidade de reembolso. Por exemplo, se o seu banco falir, está garantido o pagamento de indemnização aos investidores no limite máximo de 25.000€ por investidor, independentemente do número de contas em que seja titular.

Fonte: http://ionline.sapo.pt/501747

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Top 5 das “surpresas” em cenários de sobrevivência

   Recentemente administrei um curso chamado 'A Mile In My Shoes' (Uma Milha nos Meus Sapatos). Nesse curso levei um pequeno grupo de estudantes para a cid­ade onde sobrevivi à guerra para mostrar-lhes fisicamente as realidades daquilo que foi enfrentado. Uma série de lições, é claro, foram aprendidas durante o curso e o mais importante (como eu já esperava): Os alunos chegaram muito mais perto de perceber a "realidade" de uma verdadeira situação de sobrevivência (SHTF). Pensei que deveria compartilhar com vocês as surpresas do "Top 5" que os alunos enfrentaram,significando coisas que eles não haviam pensado ou percebido antes do curso, mas tiveram que aceitar e chegar a uma conclusão...

1) Quão “perto” o combate estará 


     Esta foto, tirada muito próximo à minha casa, é a do que foi uma das "linhas de frente" por algum tempo. Um lado aquartelava-se em casas à esquerda da viela, outro lado (inimigo) nas casas do lado direito. Isto parece INCRIVELMENTE próximo (e é), mas depois de perceber; dá-se conta de que houve momentos em que as "linhas divisórias" estavam ainda mais próximas do que isso. Quando se coloca isso na perspectiva, então se pode começar a pensar sobre a nova realidade , porque não há nada muito estático e seguro quando se está a sobreviver à guerra ou à catástrofe. Um dia a casa ao seu lado pode ser completamente segura, no outro dia poderá haver lá alguém que te queira causar dano, ou simplesmente nunca terás a certeza do quão seguros estarão os seus arredores. Esse é o aspecto mais perigoso do “SHTF” urbano, haverá muitas pessoas numa área relativamente pequena e haverá uma maior demanda por recursos (muito limitados) porque o "sistema" desapareceu. Agora, quando se adiciona a esse cálculo o facto de que muitas casas serão destruídas, então chega-se ao ponto de nunca se saber ou ter certeza de nada, onde está alguém e quais as suas intenções. Isso é especialmente importante quando se planeia sobreviver sozinho no “cenário” urbano, (teoria do lobo solitário) pois terás a noção de como as coisas serão difíceis.
 

2) O 'Inimigo' vai parecer, agir e falar como você.

Eles até podem ter sido seus amigos de longa data, mas agora estão no lado oposto. A luta aqui foi dividida por todos os tipos de razões, raça, religião, afiliação, herança, política e muitas vezes uma grande mistura de tudo isso. Os "lados" estavam sempre a mudar também. São apenas o 'inimigo'. Quando se trata de sobrevivência, você lutará para conseguir o que precisa ou para proteger o que você tem de quem quer que seja ... Pensamentos de que algumas forças estrangeiras invadirão o seu país, forças essas que irão parecer, agir e falar de modo completamente diferente de você e das pessoas do seu entorno, são apenas fantasias, especialmente quando falamos sobre EUA. Isso até poderá ser o caso, mas haverá muita luta "local" e sobrevivência antes disso... Sistemas fortes terão uma queda "maior e mais acentuada", há muitas pessoas e armas nos EUA para alguma força estrangeira escolher invadir e pacificar o país ... é impossível. O que é possível é "empurrar" um país para o caos, para se voltar contra si mesmo, sofrer a fome, o caos prolongado, e talvez então invadir. No final, tudo virá para cima de ti e haverá pessoas que desejarão fazer-te mal. O fato de que as pessoas que querem causar danos serem pessoas que você conhece não torna as coisas mais fáceis. Não espere por marcianos ou Russos, espere pessoas que parecem, agem e falam como você, que querem sobreviver exactamente como você. Novamente chegamos ao ponto de que serás forçado a lutar com seus vizinhos e compatriotas por recursos.

3) Como os dias serão “agitados”  

   Lutar pela sobrevivência é uma tarefa diária que preencherá dias inteiros. Você estará constantemente a caçar, limpar, colectar, encontrar informações, olhar e verificar coisas. Tudo isso enquanto estará sob o maior stress que já viveu, sob constante ameaça, com fome e sede. Não há "dia de folga", ou "break". Esta é a grande diferença entre um soldado e um civil em guerra. Um soldado tem um trabalho a fazer, e todas as suas outras necessidades são atendidas. Ele pode apenas se concentrar em seu único trabalho.
   Numa guerra civil, você (e o seu grupo) precisam cobrir todas as tarefas, o tempo inteiro... Se serviu no Exército, recebia ordens claras, tópicos, fora dos quais você não precisava pensar em muitas coisas. Havia "backup" ou "retaguarda". Seu trabalho era realizar tarefas, e outra pessoa cuidar de todas as outras coisas para que você pudesse concluir suas tarefas com êxito. Em SHTF você é a primeira unidade, retaguarda e backup. Se fizer asneira e quebrar a perna, não há evacuação médica. Se não encontrar comida (ou quaisquer outros recursos) não há serviço que fará isso por você. Serão tempos difíceis, e o dia estará preenchido na tentativa de "adquirir" coisas e terminar trabalhos. Atirar em alguém pode parecer uma ideia divertida hoje, ou romântica de alguma forma. É talvez mais romântico, em seguida, pensar em como gerenciar seus dejetos, tomar um banho ou diminuir a febre do seu filho em meio a um cenário caótico. Quando a Merda Bate na Ventoinha (SHTF) você é TUDO, porque o sistema está fora.  

4) O nível da ameaça.

      Num cenário de sobrevivência urbana , quase tudo é uma ameaça. Sim, é fácil entender ameaças como atiradores furtivos, gangs, vizinhos zangados etc, mas a falta de comida, falta de higiene, nível de contaminação, risco de doenças e lesões, de ser encontrado, ser delatado, ser enganado, capturado e muitas , muitas mais situações que constituem uma quantidade de ameaças muito maior do que a maioria poderia pensar. Basta começar a imaginar todos os "suprimentos" tomados como garantidos (combustível, electricidade, água, armazéns, serviços de emergência, etc) sendo suspensos por tempo indeterminado sem que se saiba quando voltarão. Então imagine a pior pessoa que já conheceu, alguém em quem não confiaria para ajudá-lo em qualquer situação. Agora imagine que todos ao seu redor são como essa pessoa. Então imagine que todos os lugares onde poderás escalar,passar através ou caminhar sobre poderão magoá-lo, e que em tudo o que tocares há o potencial de deixá-lo enfermo ... Acompanhou até aqui? Em caso afirmativo, talvez estejas a cerca de 40% do caminho para imaginar a realidade ... O nível de ameaça será um grande choque para no início, se sobrevives a esse choque, isso é bom, porque assim entrarás no modo de sobrevivência real. Não importa o quanto você está bem preparado, você passará por esse choque, com boa preparação e a mentalidade correta você poderá minimizar esse choque e torná-lo mais curto, e esse é o ponto principal da preparação.  


5) O realismo em defender / manter os seus bens.


Eu sei. Todos os pontos mencionados não o incomodam muito, você tem uma casa agradável, toneladas de suprimentos e prontidão para lutar. Mas como ficará o seu plano de trabalho uma vez que a sua casa ou apartamento se pareça com isto ...?
E o interior se pareça com isso..?

 

Quem está 'apto' deverá sair muito para encontrar as coisas necessárias para cada dia de sobrevivência. Quem protegerá todas as suas coisas ...? Quando um dia um grupo maior vier lhe perguntar como é que você está passando tão bem, e o que é que tens aí... Tentar proteger suas coisas deles seria uma clara sentença de morte. Ter a mentalidade adequada sobre a diferença entre defender algo e ser morto e adaptar-se a fim de sobreviver sem esses bens talvez faça sentido aqui. Terá que se adaptar ao facto de que talvez seja forçado a sobreviver apenas com as suas habilidades. Você não sabe e não pode ter certeza. Entenda que em "SHTF", cada casa da cidade ficará assim, ou pior (não estarão mais lá). Na minha cidade há muitas casas assim. Ainda é possível vê-las porque são feitas de pedra ou betão. Não se vêem as construções de madeira, porque todas elas foram queimadas ... Havia muitas, muitas coisas mais percebidas e discutidas durante o curso, e eu quero parabenizar aos alunos por terem vindo com tanto entusiasmo terem feito essas boas perguntas no curso. Logo vou escrever mais sobre o grande problema de se "compreender mal" a realidade tão presente na comunidade prepper até agora. Até lá, você pode ler mais sobre o curso 'Mile In My Shoes' aqui: Http://shtfschool.com/a-mile-in-my-shoes/http://shtfschool.com/a-mile-in-my-shoes/ Estamos a tornar esses cursos tão acessíveis quanto possível. Se tiver interesse em juntar-se a nós, poderá adicionar seu nome à lista de espera e assim que tivermos alunos suficientes, definiremos a data para o próximo curso, ou você poderá reservar um curso "privado" exactamente pelo mesmo preço, tudo o que você precisará é de um mínimo de mais dois amigos. 


Fonte: http://shtfschool.com/general/top-5-shtf-surprises/