Planta silvestre, ancestral da beterraba e da acelga (pertencem todas à espécie Beta vulgaris).
Habitat: Nativa da região mediterrânea. Encontra-se presente principalmente em zonas costeiras arenosas ou pedregosas e nas bermas de caminhos. Não tolera sombra mas é tolerante a solos salinos.
Descrição botânica: Planta herbácea, podendo atingir 2 metros de comprimento. Raiz profunda mas, ao contrário da beterraba (vermelha e sacarina) não é carnuda. Caule de cor verde-clara, rosada ou esbranquiçada, mais fino que o da beterraba. Folhas são alternas e inteiras, de forma lanceolada ou ovado-romboidal, de consistência carnuda e cor verde-escura, podendo chegar aos 20cm de comprimento.
As inflorescências (1 a 8 flores por inflorescência) estão dispostas em espiga e as flores encontram-se intercaladas com pequenas folhas. As flores são hermafroditas e possuem 5 sépalas verdes e 5 estames. Flores por abrir podem estar unidas umas com as outras através de uma substância avermelhada.
Usos alimentícios:
Folhas jovens, cruas ou cozidas. Possuem um bom sabor na Primavera. Devem ser colhidas antes que a planta floresça pois, à medida que se vão desenvolvendo, adquirem um sabor bastante amargo. Algumas pessoas não gostam das folhas cruas pois estas podem deixar um sabor desagradável na boca.
As folhas são ricas em vitaminas A, B e C, hidratos de carbono e minerais como o potássio, ferro, zinco, sódio e ferro.
Outros usos:
Medicinal: Embora seja uma planta pouco utilizada no herbalismo moderno, a acelga marítima tem uma longa história de uso popular especialmente no tratamento de tumores. Tradicionalmente, era recomendado o consumo regular de acelga a pessoas que sofriam de doenças coronárias e diversos tumores. Têm, ainda, efeito diurético, anti-anémico, hepatoprotector e emenagogo.