quarta-feira, 8 de julho de 2015
Quem Controlará as Armas?
Quando as pessoas falam sobre armas na sequência de tragédias como massacres em escolas, elas discutem sobre o que “nós” deveríamos fazer sobre as armas na América.
“Nós deveríamos limitar a capacidade das lojas. Ninguém precisa disparar centenas de balas.”
“Deveríamos banir as carabinas de assalto. Ninguém precisa deste tipo de arma. Ela foi desenvolvida para uso exclusivo militar.”
“Deveríamos impedir as pessoas de comprarem coletes a prova de balas. Ninguém precisa deste tipo de protecção.”
“Deveríamos impedir pessoas “mentalmente instáveis” de ter acesso a armas.”
Se dizes coisas como estas, deves ter um parafuso a menos.
Quem são estes “nós”? Você e o seu voto? Você e seus representantes eleitos no Congresso – aqueles moralistas bem-feitores que tem uma taxa de aprovação que beira os 20%? É você e eles? Os seus "manos"? Quando dizes “nós” devemos controlar as armas, estás efectivamente a dizer que “eles” deveriam controlar as armas. Afinal, a menos que sejas um legislador ou oficial das forças de segurança, não vais escrever ou aplicar leis, ou mesmo controlar as armas. Outra pessoa vai estar a fazer isso. E essa pessoa terá uma arma, ou estará na frente de alguém que tenha. Quem vai decidir quem é mentalmente instável? Tu é que não!
Quem vai decidir de quanta munição ou de quanta protecção necessitas? Tu é que não...
Eles cuidarão disso para ti. Não terás poder para pará-los. Não terás poder para fazer qualquer outra coisa que não seja gritar, chorar e “protestar”. E toma cuidado, porque se gritares demais, eles podem te declarar mentalmente instável. Quem vai pará-los? Quem poderia? Tu é que não.
Recentemente o realizador de documentários Michael Moore fez um emocionado discurso televisivo sobre a necessidade de mais leis para controlo das armas. Moore especializou-se em filmes sobre a corrupção do Estado e de grandes empresas. Se os americanos concordarem amanhã em entregarem pacificamente as suas armas para o Estado, esta corrupção acabaria? As corporações globais, os interesses estrangeiros e os extremamente ricos deixariam de influenciar as políticas públicas? É claro que não.
Moore também foi um dos apoiantes do movimento “Occupy Wall Street” que criticava o “um porcento” dos americanos que controlavam praticamente a metade da riqueza da nação. O “um porcento” sem dúvidas é responsável por boa parte da injustiça e obviamente, desempenha um grande papel na corrupção estatal. Se esse “um porcento” controla o Estado, consequentemente controla a maioria das armas. Afinal – se Moore e outros merecem crédito – a América não vai à guerra principalmente para proteger os interesses financeiros desse “um porcento”?
As pessoas dizem que querem “igualdade”. Bem, armas são óptimos agentes da igualdade. Não é importante para os cidadãos ter armas para caçar ou praticar tiro desportivo. Auto-defesa é uma boa razão para ter uma arma, mas não é a mais importante. A mais importante razão para cidadãos terem armas é como uma forma de impedimento contra a corrupção e a tirania do Estado. O Estado não luta com espadas ou varinhas mágicas. Luta com armas. Americanos precisam de carabinas de assalto precisamente porque foram desenhados para uso militar. Americanos precisam de armas porque sem elas nunca poderão fazer o que os seus Pais Fundadores fizeram. Sem armas, americanos nunca mais serão capazes de dizer BASTA de um modo que importa. Claro, poderão gritar, chorar e protestar. Mas, o que acontece com manifestantes quando são confrontados com um poder de fogo superior? Eventualmente vão para casa ou para a cadeia. O que mais poderiam fazer? Não obtém nada, porque não tem o poder que importa. O “um porcento” permanece no comando. As armas mudam as coisas a favor dos “noventa e nove porcento”.
Mao Zedong escreveu uma citação famosa: “o poder político nasce do cano de uma arma.” Ele estava certo. Violência é ouro. Dar ao Estado o completo controlo sobre tal poder significa dar cem porcento do poder ao “um porcento” que controla o Estado corrupto. Homens sem armas estão à mercê dos homens que tem armas. Se o Estado controla todas as armas, as pessoas estão à mercê do Estado. Tudo que elas podem fazer é implorar.
Homens que não tem permissão e acesso aos meios de combater a tirania não são mais homens livres. Eles são súbditos, possivelmente até escravos. Um país onde o povo não tem o poder que importa não pode mais se chamar um país livre. Um Estado onde o povo precisa confiar na benevolência de uma pequena classe toda-poderosa que mantém controlo completo e monopólio da violência é um Estado Policial.
O Estado Policial controla as armas, e usa as armas para te controlar. Defensores do controlo de armas estão, efectivamente, a exigir um Estado Policial. Acho que deveríamos chamá-los assim. Deveríamos começar a referir-nos a eles como “defensores do Estado Policial”, porque um Estado Policial é essencialmente o que eles estão a pedir. Os americanos hoje estão distraídos por ideias superficiais acerca do que a liberdade significa. Para muitos, “liberdade” significa legalizar a erva e o casamento gay. Nenhuma destas “liberdades” ameaça o Estado Policial. De qualquer formas — nossos manipuladores dirão — fique pedrado e case com seu namorado gay se isto te fizer sentir “livre”. Só não te oponhas a nossa autoridade crescente e intrusiva, nem ameaces nossos interesses financeiros. Dê-nos as tuas armas, e nunca mais digas BASTA de um modo que importe. É para o vosso próprio bem! Não queremos que vocês se magoem ou magoem-se uns aos outros.
Jack Donovan
FONTE
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