segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Zika. Factos sobre o vírus que se alastra pelas Américas
O surto do vírus Zika está a afectar vastas regiões da América Latina e das Caraíbas, sendo provável que alastre a todos os países do continente, com a excepção do Canadá e do Chile, avançou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O vírus Zika foi identificado pela primeira vez no Uganda, em 1947, e até 2014 não se conheciam quaisquer ocorrências nas Américas.
Alguns factos sobre o Zika:
- O virus Zika propaga-se às pessoas através da picada de um mosquito infetado, o mesmo que transmite as febres de dengue, chikungunya e amarela. Não há vacina contra o Zika.
- A doença provocada pelo vírus Zika é, por norma, relativamente leve ou subclínica, apresentando sintomas como erupções cutâneas, febre e dores musculares e nas articulações que podem durar até sete dias. É pouco comum que as pessoas infectadas com Zika necessitem de tratamento hospitalar.
- No continente Americano, não há indícios de que o vírus Zika possa provocar a morte, afirma a OPS, mas têm sido denunciados casos esporádicos de complicações mais sérias em pessoas com doenças ou condições específicas de saúde pré-existentes que vieram a morrer.
- Investigadores brasileiros e da OMS afirmam que há indícios crescentes de haver uma ligação entre o Zika e a microcefalia, uma desordem neurológica traduzida pelo nascimento de bebés com a cabeça e o cérebro mais pequenos do que o normal, mas a informação acerca da possível transmissão do Zika das mães infetadas para os fetos durante a gravidez ou no momento do parto é "muito limitada", diz a OPS.
- No Nordeste do Brasil tem havido um acentuado aumento dos casos de recém-nascidos com microcefalia. O Ministério da Saúde brasileiro revelou que o número de casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos aumentou de cerca de 360 para 3.893 nos 10 dias que antecederam a 16 de janeiro.
- O Brasil regista a taxa mais alta de infecção, seguido pela Colômbia. Foi também relatada a ocorrência de surtos de Zika no Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Suriname e Venezuela, entre outros.
- O Ministério da Saúde da Colômbia diz que o Zika já infetou 13.500 pessoas em todo o país e que poderão vir a registar-se até cerca de 700 mil casos este ano.
- Na Colômbia, estima-se que venham a nascer 500 bebés com microcefalia, segundo afirmações do Presidente colombiano Juan Manuel Santos.
- O Ministério da Saúde colombiano aconselhou as mulheres a adiarem por seis ou oito meses os seus planos de engravidarem para evitarem possíveis riscos relacionados com o vírus Zika.
- A Jamaica não anunciou quaisquer casos confirmados do vírus Zika mas o Ministério da Saúde jamaicano recomendou que as mulheres adiassem os planos de gravidez para daqui a seis ou 12 meses. As autoridades de saúde de El Salvador aconselharam as mulheres a evitarem engravidar até 2018.
- No início de janeiro, o centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos EUA alertou as mulheres grávidas para que evitassem viajar para os 14 países e territórios da América Latina e Caraíbas afectados pelo vírus.
- Só uma em cada quatro pessoas infectadas pelo Zika desenvolve os sintomas que lhe estão associados e muitos casos de Zika não são detectados, tornando difícil fazer uma estimativa da verdadeira escala do surto nas Américas. A OPS diz que não há estimativas fiáveis do número de casos na região. Baseando-se nos relatórios dos países afectados, a OPS calcula que haja, pelo menos, 60 mil casos suspeitos de Zika, mas crê, no entanto, que o número real seja muito mais elevado.
Fonte. DN
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