terça-feira, 26 de abril de 2016

Fontus: a garrafa que transforma o ar em agua


A garrafa capta a humidade do ar para conseguir armazenar água. A ideia é que os aventureiros nunca mais tenham de andar carregados com pesadas garrafas para poderem hidratar-se.

O jovem austríaco Kristof Retezár é o responsável por esta garrafa de água que, ao ser capaz de se encher sozinha, mais parece saída de um filme de ficção científica.

“Se és um aventureiro, sabes a ansiedade que é ficar sem água no meio de uma viagem, sendo que a última coisa que queres é ficar desidratado quando estás a quilómetros de casa”, começa por explicar na página do Indiegogo.

O principal objectivo da Fontus, assim ficou baptizada, é fazer com que os adeptos de aventuras radicais possam desfrutar por completo da experiência, sem terem que andar carregados com pesadas garrafas de água para matar a sede.

Para isso, a garrafa capta a humidade existente no ar através de um ventilador. De seguida, inicia um processo que condensa essa mesma humidade e armazena a água conseguida na própria garrafa.

A última tarefa passa por umas pequenas cápsulas que remineralizam a água e a convertem em água mineral própria para consumo.

Existem dois modelos disponíveis: a Airo, uma unidade autónoma que usa uma bateria solar para realizar o processo e que se liga à garrafa através de USB, e a Ryde, própria para levar na bicicleta e que aproveita o ar gerado pela velocidade do veículo para pressionar a humidade no interior da câmaras de condensação, sem a necessidade de recorrer a fontes de energia adicionais.

Neste momento, o projeto está à procura de financiamento através de uma campanha de crowdfunding e já ultrapassou estrondosamente o valor pretendido.

De acordo com as informações da página, os preços variam para cada modelo da garrafa, começando o valor mais baixo nos 165 dólares.

Fonte: ZAP / RT


sexta-feira, 15 de abril de 2016

A demissão do general comandante do Exército português

Uma demissão destas carece de alguma explicação pública. As Forças Armadas necessitam ser desagravadas e a opinião pública deve saber, por quem de direito, o que na realidade se passou.

A coisa conta-se em poucas palavras:

O Subdirector do Colégio Militar (CM) – Instituição das mais antigas e prestigiadas do país, com provas dadas e obra feita – deu uma entrevista a um órgão de comunicação social, na passada semana.

Nessa entrevista teceu considerações sobre como os casos de homossexualidade detectados no colégio – cujo corpo de alunos é formado, lembra-se, por menores e onde existe internato – são tratados, diria, que desde sempre.

O Tenente-Coronel – ele próprio, um ex-aluno – nada de grave exprimiu que pudesse pôr em causa a lei ou a moral pública; não faltou à verdade, nem revelou falta de senso ou defendeu qualquer ideia que possa ser interpretada como discriminatória. Tão pouco, ao que se sabe, incorreu em qualquer falta disciplinar.

Porém, logo que a entrevista viu a luz do dia, os tiranetes de serviço de uma área do politicamente correcto, mais as diferentes “antenas” do “lobby gay” (na versão “internacionalista soft”, mas com tradução apropriada em vernáculo lusitano), logo gritaram aqui d’el-rei, que há discriminação de género no Colégio Militar.

O Senhor Ministro da Defesa do alto da sua guarita, sita no Restelo onde, sempre vigilante, é suposto defender a Pátria, dando conta do alarido (que parte da comunicação social ampliou injustificadamente), mandou recado para o General Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) para que o Tenente-Coronel, no dia “x” à hora “y”, já estar removido da sua função (parece que, por enquanto, ainda não o condenou às galés…).

E é esta a razão que, aparentemente, leva o General Jerónimo – que sempre foi um bom militar e sobre quem não impende qualquer mácula – a apresentar a sua demissão. Demissão que também é fruto, seguramente, de um acumular de situações muito pouco apropriadas, de como os sucessivos governos e não só, têm tratado a Instituição Militar e os militares.

Foi uma espécie de “basta”!

Mas uma demissão destas carece de alguma explicação pública. Não só porque políticos que se comportam desta maneira não merecem qualquer respeito e não se devem poder ficar a rir, e porque as Forças Armadas necessitam ser desagravadas e a opinião pública deve saber, por quem de direito, o que na realidade se passou.

E ir ao Parlamento pode ser uma boa oportunidade para lhes esfregar com umas quantas verdades na cara!

Tudo o que se tem passado revela o nulo cuidado com que os sucessivos Primeiros-Ministros e PR, têm colocado na nomeação dos personagens que vão tutelar a pasta da Defesa (que na realidade nunca existiu, mas sim e apenas a função de ministro para as Forças Armadas…), pois é inadmissível, que tendo o ministro despacho directo com os Chefes dos Ramos, não fale pessoalmente com o CEME (ou lhe telefone) e lhe envie recados, dando ordens que não estão na sua competência dar, e desrespeitando os regulamentos e a Deontologia Militar.

Por isso quem devia ser demitido era o Ministro – que não sabe o que anda a fazer – e não ter sido aceite a demissão do Comandante do Exército. Aqui o Presidente da República tergiversou.

Convém ainda colocar os pontos nalguns “is”: em primeiro lugar o senhor, por enquanto ministro, tem que perceber que o Exército não funciona propriamente como um Partido Político; e, depois, deve meter na sua cabecinha que as Forças Armadas não têm rigorosamente nada a ver com os equilíbrios políticos, que o seu Partido tem que fazer para se manter à tona de água (isto é, no Poder). E se andam acossados pelo Bloco Canhoto aturem-nos como quiserem, mas não tentem interferir e macular as instituições que são o esteio do País e os seus servidores.

Se o Conselho Superior do Exército se tivesse demitido em bloco e os Chefes dos outros Ramos tivessem mostrado solidariedade, talvez outro galo cantasse.

Mas pelos vistos o que está a dar são as marchas de orgulho “gay”. Ainda tenho esperança de lá vir a ver um general, fardado e tudo!

Uma outra razão que, estamos em crer, levou a esta decisão por parte do CEME foi a falta de actuação do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Pina Monteiro, que terá condescendido com a aberração ministerial, deixando cair o seu subordinado e não se opondo à imolação do subdirector do CM.

Fonte: publico.pt  / Autor: João J. Brandão Ferreira

O Colégio Militar e a postura perante o dever e a sociedade


A ideia de que a natureza tem horror ao vácuo fazia parte da física na Idade Média. Mas esta lei do horror tem corolários na vida actual: os políticos incompetentes têm horror a novas caras nos partidos; os escroques têm horror a uma justiça que funcione; e, do mesmo modo, os bons investidores têm horror a uma justiça que não funciona.
E podíamos continuar, mas vem tudo isto a propósito das notícias recentes sobre o Colégio Militar.

Devo declarar que não frequentei o Colégio, embora com pena minha, porque o meu Pai entendeu que eu poderia ser seduzido pela vida militar e para tal bastava ele. O meu irmão esteve no Colégio, por circunstâncias familiares extremas, não se deu bem, e saiu ao fim de dois anos, se bem me lembro.
Não
tenho, portanto, especiais ligações ao Colégio Militar (CM) mas tenho muitos amigos (e dos bons) que por lá passaram.

As recentes notícias dão uma ideia do Colégio como uma escola de sevícias e de maus tratos. Problemas de maus tratos em escolas sempre existiram e devem ser combatidos com determinação pelas autoridades da escola em causa, mas não faz da escola uma instituição a fechar. Lembro-me bem de, há uns anos na minha Faculdade, terem ocorrido praxes indignas das nossas caloiras e imediatamente o Director de então tomou medidas para que tal não voltasse a acontecer. E não aconteceu. O CM não é excepção, mas o que está em causa é uma tentativa de fazer desaparecer uma das instituições mais antigas de ensino na Europa com uma longa tradição de serviço ao País.

Recordo, com alguma tristeza, que uma das "regalias" de um militar morto em combate em África era os filhos terem educação gratuita no CM. Por esse facto e por as pensões de sobrevivência serem, à época, absolutamente miseráveis (recordo-me de casos concretos), havia sempre vários órfãos no Colégio. Fazia parte das obrigações dos graduados (ou seja, alunos finalistas do CM) terem não só uns ratas (alunos caloiros) como seus protegidos mas também cuidarem dos dramas de algum aluno cujo pai tivesse morrido. Quem conhece ex-alunos do Colégio sabe que têm uma organização e uma coesão ímpar em qualquer outra escola. Falam do Colégio com saudade e têm um respeito pela instituição como ninguém tem da sua escola. Nela se fizeram amizades que perduram para toda a vida e alguns dos meus melhores amigos são ex-alunos do CM e devo confessar que são sempre gente com outra postura perante o dever e a sociedade.

O Colégio Militar dá educação em sentido pleno do termo. Tem um ensino de excelente qualidade e dá quadros de valores que nenhuma outra escola garante.

Em 1975, numa acção de dinamização organizada para os alunos do Colégio por gente afecta ao PCP -Varela Gomes, Faria Paulino e outros- começaram a atacar a instituição e a apelidarem os alunos de príncipes privilegiados.
Um aluno dos mais novos, ou seja com uns 11 anos, levanta-se e calmamente diz que é filho de um oficial que morreu em combate, que se não fosse o Colégio não poderia estudar e não percebia onde estava o príncipe. Os protesto generalizaram-se (teve lugar uma gigantesca boiada, usando a terminologia do CM) e a comissão de dinamização foi forçada a sair pela porta dos fâmulos -porta de serviço- e não pela porta principal. Foi o enxovalho total, apesar de os oficiais tentarem, em vão, acalmar os alunos.
É gente de fibra.

Aliás sempre foi assim. Faz parte da sua história mais antiga que quando teve lugar o atentado a Sidónio Pais gerou-se, naturalmente, o pânico entre a população e as unidades militares ajudaram à turbamulta. A única unidade que manteve a calma, ajudou a população e evitou mais mortos foi exactamente uma unidade do Colégio.
Portanto, a tradição vem de longe.

O ensino tem uma qualidade excepcional e que não é possível sem um internato, onde os laboratórios de línguas e as salas de estudo estão ao lado do picadeiro e da sala de esgrima. Qualquer pai, cá fora, que tente dar a mesma formação passaria o tempo a servir de motorista do filho. É, aliás, uma tradição muito antiga dos melhores colégios ingleses.

Como professor na universidade, sempre que tenho conhecimento de que um aluno meu veio do CM, posso testemunhar o aprumo, o à vontade, a auto-confiança e o profissionalismo com que está numa aula. Tudo isto, em flagrante contraste com os colegas, especialmente os mais betinhos.

Além disso, como os alunos são tratados por igual, têm um número (que vem antes do nome), andam vestidos com farda e os filhos de pais ricos não se distinguem dos filhos de pais pobres. Também por isso, o convívio democrático hierarquizado é a regra. Ainda bem.

O contraste é gritante com o que se passa nas nossas escolas. E a anarquia, quase geral em que vive o ensino secundário, tem horror ao Colégio Militar, obviamente. Aliás, a verdade é mais funda: a anarquia quase geral da nossa sociedade tem horror à instituição militar. Uma instituição organizada, como a militar, que cultiva os valores da honra, da camaradagem, da disciplina e do dever para com a pátria, não pode ser bem vista pela sociedade actual.
A nossa vida colectiva -a civil- privilegia o oportunismo, habituou-se aos casos de corrupção (com ou sem fundamento), tem uma imprensa virada para o escândalo e uma televisão com novelas que são difusoras da falta valores e da ausência dos bons costumes.

O Colégio Militar poderá acabar mas as razões estão na nossa sociedade e não dentro dos muros do Colégio. O horror à decência é dos indecentes.

Autor:  Luís Campos e Cunha - Professor universitário

domingo, 10 de abril de 2016

Atiradores testam “Manto de Invisibilidade” de guerra

Atiradores britânicos e norte-americanos testaram – e aprovaram - um novo material de camuflagem que é um autêntico “manto da invisibilidade” ao estilo do Harry Potter, que os torna literalmente invisíveis no campo de batalha.

Durante o testes nos EUA, os snipers usaram uma camuflagem de alta tecnologia feita de um material, chamado Vatec, que os esconde até de detectores por infravermelhos ou calor. O Vatec pode ser moldado de várias formas e com várias texturas diferentes para se adaptar ao terreno onde os militares se encontram.

Este tipo de camuflagem contém milhares de células sensíveis à luz, que detectam as cores à sua volta e as imitam. O Daily Mail explica que este é apenas mais um passo na investigação de camuflagem, já que se está a tentar replicar a camuflagem natural de animais como lulas e polvos, que se adaptam ao ambiente que os rodeia para evitar predadores.

Xuanhe Zhao, engenheiro do Massachusetts Institute of Technology (MIT), afirmou ao jornal que tem “muita confiança na utilidade deste material como camuflagem militar”. O investigador descreve que neste momento as forças armadas investem milhões de dólares a desenvolver novos padrões de camuflagem, mas são sempre estáticos, e não dinâmicos. Se usar um padrão desenhado para a floresta no deserto, não funciona”.

“Uma camuflagem dinâmica permitiria aos soldados e aos seus veículos adaptarem-se instantaneamente ao ambiente que os rodeia”.

Os testes com atiradores britânicos e norte-americanos foram feitos no início deste ano, no recinto do exército norte-americano para técnicas de guerra experimentais em Fort Benning, na Geórgia. O material criado com esta tecnologia de “modulação de aparência” ainda não está disponível para o campo de batalha, mas isto pode acontecer já nos próximos anos.

“Os rapazes estão desesperados para que o exército britânico compre isto. Em vez de andar com fios, tinta em spray e escudos térmicos, podemos usar apenas este único material, que é muito leve”, explicou ao Daily Mail um militar que participou nos testes.

Fonte: zap.aeiou.pt

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Plantas herbáceas: Beldroega

Beldroega (Portulaca oleracea)
 
 
Descrição botânica: Planta anual que pode atingir os 30 cm de comprimento. Caules rasteiros e suculentos. Folhas opostas, espatuladas, muito grossas, até 3 cm de longitude. As folhas superiores são verticiladas. Flores amarelas, podendo ter até 1,3 cm de diâmetro.
 
 
Habitats: Terrenos cultivados e fertilizados. Não cresce na sombra. É uma das plantas infestantes mais comuns em Portugal.
 
Perigos conhecidos: Nenhum.
 
Usos alimentícios:
As folhas e os caules podem ser consumidos crus ou cozinhados. As folhas jovens podem ser adicionadas a saladas e, como são mucilaginosas, tornam-se ideais como espessante em sopas. As folhas mais velhas usam-se como verduras. As folhas têm um sabor levemente amargo e salgado, e constituem uma fonte significativa de ácidos gordos ómega-3, contendo maior quantidade destes ácidos gordos do que alguns óleos de peixe. São ricas em fibras, vitaminas e minerais, e pobres em calorias e lípidos. Pode-se secar as folhas para seu posterior uso.

100 gramas de planta seca possuem:
Calorias: 16kcal
Proteínas: 17,6-34,5g
Lípidos: 2,4-5,3g
Hidratos de carbono: 35,5-63,2g
Fibras: 8,5-14,6g
Cinzas: 15,9-24,7g
Cálcio: 898-2078mg
Fósforo: 320-774mg
Ferro: 11,2-46,7mg
Sódio: 55mg
Potássio: 505-3120mg
Riboflavina (vitamina do complexo B): 1,12-1,6mg
Niacina (vitamina do complexo B): 5,58-6,72mg
Ácido ascórbico (vitamina C): 168-333mg
 
As sementes são consumidas cruas ou cozinhadas. Podem ser moídas e misturadas a farinha de cereais para fazer pão, biscoitos, etc. As sementes são bastante pequenas e difíceis de colher. Em certas regiões áridas da Austrália, estas plantas têm um grande crescimento e uma planta pode produzir até 10000 sementes, sendo possível colher vários quilos de semente num dia. As plantas são arrancadas e colocadas sobre uma tela. Passados alguns dias, as sementes desprendem-se e podem ser colhidas na tela. Em zonas com Verões frescos e húmidos, a produtividade diminui consideravelmente.
 
100 gramas de semente contêm:
Proteínas: 21g
Lípidos: 18,9g
Cinzas: 3,4g
 
A cinza das plantas queimadas usa-se como substituto do sal.