quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cogumelos silvestres comestíveis: Frade

Frade / parasol / púcara (Macrolepiota procera)


Descrição morfológica: O micélio (rede de hifas) é branco e linear. O chapéu encontra-se centrado no pé e possui escamas castanhas. No início do seu desenvolvimento tem uma forma ovóide mas quando abre totalmente torna-se até algo convexo e pode chegar a ter 10 a 25 cm de diâmetro. O pé é, caracteristicamente, bastante longo (10 a 40 cm). O chapéu apresenta uma cor castanho-clara sendo mais escuro ao meio e com uma protuberância no centro. Possui sempre um anel duplo (estrutura localizada no pé logo abaixo do chapéu que consiste nos vestígios do véu que cobre a parte inferior do chapéu). Este anel é fácil de deslizar ao longo do pé. As lâminas são livres e de cor branca. Os esporos são brancos.



Habitat: É possível encontrar este cogumelo em grande abundância em terrenos ácidos de regiões de clima temperado a baixas altitudes. Prefere zonas de transição ecológica como, por exemplo, bordaduras de prados ou de bosques. Geralmente, frutifica no Outono e Inverno.

Uso alimentício: O chapéu do cogumelo é a parte mais comestível se bem que o pé também pode ser consumido mas é bastante fibroso e duro. Apresenta um aroma e sabor intenso, semelhante à noz. Não deve ser consumido cru pois nesse estado é ligeiramente tóxico. O chapéu costuma ser salteado ou frito. O conteúdo proteico varia entre os 12 % e os 22% de peso seco do cogumelo.

Propriedades medicinais: O micélio e o cogumelo têm compostos anti-virais, antibióticos, anti-inflamatórios e anticancerígenos.

Espécies semelhantes: Na Europa não existem espécies tóxicas morfologicamente idênticas ao Macrolepiota procera (frade) pelo que não há grande risco de confusão. De qualquer das formas, deve-se colher apenas cogumelos mais maduros para se assegurar de que se trata efetivamente desta espécie. Na América, o cogumelo tóxico Chlorophyllum molybdites pode ter uma aparência semelhante mas o chapéu deste é praticamente branco e os seus esporos são esverdeados. Este cogumelo provoca problemas gastro-intestinais quando ingerido.

Chlorophyllum molybdites

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Fujam para os montes?

Especialistas afirmam que Mega Tsunami das Canárias será um evento mais dramático do que o terramoto de 1755 e poderá ocorrer a qualquer momento!

     FONTE

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Cogumelos silvestres comestíveis: Cantarelo

Cantarelo (Cantharellus cibarius)


Descrição morfológica: Quer o chapéu quer a estipe (pé) apresentam uma cor amarela, podendo ir do amarelo dourado até tons alaranjados. Tem uma consistência carnuda e a forma do chapéu é convexa com margem ondulada. A superfície superior do chapéu é lisa. Na superfície inferior, apresenta falsas lâminas ramificadas semelhantes a pregas. O chapéu pode atingir os 12 cm de diâmetro mas, frequentemente, não passa dos 7-8 cm. A carne tem uma cor branco-amarelada. A estipe tem 3 a 8 cm de comprimento e, quando jovem, tem uma cor branca passando, mais tarde, a adquirir o típico amarelo-vivo.




Habitat: Bosques de carvalhos ou de faias ou ainda em pinhais. Está sempre associado às raízes de árvores (fungo micorrízico). Por esta razão, é de difícil cultivo.

Uso alimentício: É uma das espécies de cogumelos mais apreciadas pelo seu sabor e aroma algo frutado. Frutifica, em Portugal, de Novembro a Janeiro e, portanto, só é possível ser colhido neste período. Na culinária são frequentemente salteados ou incluídos em sopas e são aproveitados na sua totalidade (chapéu e estipe). Não é costume serem consumidos em cru. Pode também ser desidratado ou congelado se bem que altera o sabor ou textura do cogumelo.
É rico em proteínas, vitamina A, vitamina C e potássio, e constitui uma das fontes mais ricas em vitamina D.

Propriedades medicinais: Possui acção anti-inflamatória, antioxidante, anti-viral, antibiótica e desintoxicante.

Espécies semelhantes: É de extrema importância saber identificar correctamente os cogumelos pois muitos são tóxicos e, até mesmo, fatais. O canterelo pode ser confundido com o cogumelo tóxico Omphalotus olearius. No entanto, este último distingue-se por apresentar na superfície inferior do chapéu lâminas bem desenvolvidas, não ramificadas e de bordos bem definidos:


O cogumelo tóxico Omphalotus olearius também pode ser distinguido por frequentemente formar aglomerados como o que se pode ver na seguinte imagem.


Consumo do cogumelo Omphalotus olearius causa diarreia e vómitos fortes.