domingo, 27 de fevereiro de 2011

Métodos de orientação não rigorosos (2ª parte)

ORIENTAÇÃO PELO MÉTODO DA SOMBRA DA VARA
É preciso notar que este método não oferece uma precisão exacta, pelo que deve ser aplicado ou de manhã ou de tarde. Este método permite que seja usado qualquer ramo, direito ou torto, ou até mesmo usar a sombra de um ramo de uma árvore, uma vez que apenas interessa a sombra da ponta do objecto que estamos a usar. Inicia-se por marcar no chão o local onde está a ponta da sombra da vara. Depois de algum tempo, a sombra move-se, e volta-se a marcar do mesmo modo a ponta da sombra da vara. Ao unir as duas marcas, obtemos uma linha que define a direcção Este-Oeste. O tempo que demora a obter um deslocamento da sombra (bastam alguns centímetros) depende também do comprimento da vara. Assim, uma vara de 1 metro de comprimento leva cerca de 15 minutos a ter um deslocamento da sombra suficiente para se aplicar este método.

ORIENTAÇÃO PELO MÉTODO DAS SOMBRAS IGUAIS
Em primeiro lugar é preciso saber que este método é muito mais preciso do que o anterior, mas é mais exigente na sua execução. A hora ideal para o aplicar é por volta do meio-dia sola, sendo que a vara a usar deve ficar completamente vertical e ter pelo menos 30cm de sombra. Inicia-se por marcar a ponta da sombra da vara. Com uma espia ou corda, atada a uma estaca, e a outra ponta atada à vara, desenha-se um arco cujo centro é a vara e raio igual ao comprimento da sombra inicial marcada, tal como na figura.
 Ao passar do tempo, a sombra vai se encurtando e deslocando, mas a partir de certa altura volta a aumentar o seu comprimento e acaba por chegar até ao arco que foi desenhado no chão. Marca-se então o local onde incide a ponta da sombra. Unindo as duas marcas, obtemos uma linha que define a direcção Este-Oeste, tal como na figura. Uma vez que a vara está exactamente à mesma distância entre as duas marcas, é fácil traçar então a linha da direcção Sul-Norte.
Podemos usar um ramo com ponta bifurcada, uma vara ou ramo e algumas pedras, e montar um sistema como o da figura. Pendurando na ponta da vara um fio com uma pedra atada na ponta, obtém-se uma espécie de fio-de-prumo que garante assim termos uma linha exactamente vertical, tal como exige este método.

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