quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Bombas de Sementes



Uma forma divertida e inteligente de colaborar com o reflorestamento de zonas atingidas por incêndios.

Seed Bomb ou bomba de sementes é uma pequena bola feita de argila e adubo, recheada com sementes variadas (também podem ser feitas com jornal molhado). Para além de ser divertido lançar este tipo de "bomba", é também uma tática simples para aumentar as zonas verdes nas nossas cidades ou terrenos baldios.
As bombas de sementes foram muito usadas por ativistas americanos na década de 1970 como estratégia de reflorestação. Quando são arremessadas e ficam expostas ao sol e à chuva, germinam, até mesmo em solo pouco fértil.
As bombas de sementes são fáceis de fazer e não precisam de ser enterradas ou regadas, irão germinar quando as condições propícias ocorrem.

Como fazer bombas de sementes?

Materiais: 

– 5 partes de argila;
– 3 partes de composto;
– 1 parte de sementes;
– Água.
Junta a argila, o composto e a água lentamente. Vai acertando as doses até formar uma mistura com a textura aproximada de plasticina. Faz uma pequena bolinha com as mãos.
Quando tiveres transformado toda a mistura em bolinhas explosivas, deixa-as secar ao sol durante um dia, antes de as utilizares ou guardares, para evitar que germinem antes do tempo.
   Estas bombas têm tudo o que as sementes precisam. Quando chove, a bomba de sementes começa a desfazer-se e a terra está húmida para a semente germinar.
A melhor altura para arremessar estas bombas ecológicas é durante o tempo chuvoso, na primavera ou outono.

Quais as sementes a utilizar numa bomba de sementes?

Podes usar sementes de plantas medicinais ou aromáticas, flores silvestres ou árvores de fruto. Dá preferência a plantas que sejam da tua região.



Fonte: NOCTULA CHANNEL , Sofia Correia

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Relatório de Pedrógrão Grande

Para quem quiser consultar o relatório elaborado pela Comissão Técnica Independente (CTI) sobre os incêndios de Pedrógrão Grande, este pode ser acedido através do seguinte link:

http://static.publico.pt/DOCS/RelatorioPedrogaoOut2017.pdf

PS - O relatório que  se encontrava na página da Assembleia da República foi removido, devido talvez a algum problema de ordem técnica. O link acima está atualizado.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Actividade de rappel em Valongo

No final de Agosto, o Grupo Legio organizou mais uma vez uma actividade de rappel. Teve lugar na Fraga Amarela em Valongo. Seguem-se algumas fotografias.


  




segunda-feira, 24 de julho de 2017

O Sensacionalismo e o Patrulhamento Ideológico

      

        A Imprensa portuguesa, de modo semelhante às suas congéneres, continua a sua patrulha activista no ataque a todo o discurso que saia dos limites impostos pelo "politicamente correcto". Todas as minorias, especialmente as étnicas, migrantes ou não, são intocáveis e imunes à imputação de qualquer responsabilidade e qualquer acto de imposição de autoridade está sujeito a severo escrutínio. O poder destas referidas minorias é pois quase despótico e o seu nepotismo extravasa a sua vontade, pois quem lho confere é sempre o poder político e certos sectores provenientes da maioria autóctone.
       Um exemplo recente paradigmático é o caso das recentes declarações de André Ventura, autarca de Loures, cujas frases são retiradas do contexto e foram repetidamente usadas como arma de arremesso por todos o media para arrasar a reputação do dito autarca. A mais recente "notícia", aqui colocada no link, refere um post antigo do autarca no Facebook, no qual ele reage aos recentes ataque, crimes e atentados que assolam a Europa, perpetrados por elementos da comunidade islâmica.    
       O "Público", esse "patrulheiro" incansável do politicamente correcto e cujas páginas tresandam às agendas políticas "coloridas", foi desencantar um post do Facebook, já com mais de um ano!

       Ora, e o que nós sobrevivencialistas temos a ver com isso? Bem; em primeiro lugar é preciso estarmos atentos a quaisquer tendências mediáticas para perseguir e condenar inocentes que cometeram o "grave delito"  de dizerem a verdade, enquanto  os vilões e criminosos são retratados como “vítimas das desigualdades sociais”, “racismo” e “xenofobia”. Assim a imprensa trabalha na criação de um terreno propício para agitações, como temos visto na Suécia, França e noutras partes da Europa e do mundo.
       Em segundo; é necessário termos em mente que a agenda que a imprensa obedece é uma agenda tão apátrida, dissoluta e descaradamente enganadora que noutros tempos (e não sem razão), poderia ser acusada de diversos crimes de Alta Traição! Ela está entre nós, utiliza o nosso idioma, sabe tocar nas sensíveis cordas das nossas necessidades, anseios e esperanças  mas os seus patrões não possuem aspirações que se coadunam com as nossas expectativas, com o nosso bem-estar ou com a nossa segurança – arriscamo-nos mesmo a dizer que essa imprensa internacionalizada é um dos principais inimigos do bem-estar e da segurança dos povos.
É preciso hoje - mais do que nunca - guardar nomes, figuras, cargos, postos, funções, legados, actos e resultados de determinadas políticas e posicionamentos mediáticos para que então na sobrevinda do caos, se possa apurar responsabilidades. 




quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cogumelos silvestres comestíveis: Frade

Frade / parasol / púcara (Macrolepiota procera)


Descrição morfológica: O micélio (rede de hifas) é branco e linear. O chapéu encontra-se centrado no pé e possui escamas castanhas. No início do seu desenvolvimento tem uma forma ovóide mas quando abre totalmente torna-se até algo convexo e pode chegar a ter 10 a 25 cm de diâmetro. O pé é, caracteristicamente, bastante longo (10 a 40 cm). O chapéu apresenta uma cor castanho-clara sendo mais escuro ao meio e com uma protuberância no centro. Possui sempre um anel duplo (estrutura localizada no pé logo abaixo do chapéu que consiste nos vestígios do véu que cobre a parte inferior do chapéu). Este anel é fácil de deslizar ao longo do pé. As lâminas são livres e de cor branca. Os esporos são brancos.



Habitat: É possível encontrar este cogumelo em grande abundância em terrenos ácidos de regiões de clima temperado a baixas altitudes. Prefere zonas de transição ecológica como, por exemplo, bordaduras de prados ou de bosques. Geralmente, frutifica no Outono e Inverno.

Uso alimentício: O chapéu do cogumelo é a parte mais comestível se bem que o pé também pode ser consumido mas é bastante fibroso e duro. Apresenta um aroma e sabor intenso, semelhante à noz. Não deve ser consumido cru pois nesse estado é ligeiramente tóxico. O chapéu costuma ser salteado ou frito. O conteúdo proteico varia entre os 12 % e os 22% de peso seco do cogumelo.

Propriedades medicinais: O micélio e o cogumelo têm compostos anti-virais, antibióticos, anti-inflamatórios e anticancerígenos.

Espécies semelhantes: Na Europa não existem espécies tóxicas morfologicamente idênticas ao Macrolepiota procera (frade) pelo que não há grande risco de confusão. De qualquer das formas, deve-se colher apenas cogumelos mais maduros para se assegurar de que se trata efetivamente desta espécie. Na América, o cogumelo tóxico Chlorophyllum molybdites pode ter uma aparência semelhante mas o chapéu deste é praticamente branco e os seus esporos são esverdeados. Este cogumelo provoca problemas gastro-intestinais quando ingerido.

Chlorophyllum molybdites

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Fujam para os montes?

Especialistas afirmam que Mega Tsunami das Canárias será um evento mais dramático do que o terramoto de 1755 e poderá ocorrer a qualquer momento!

     FONTE

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Cogumelos silvestres comestíveis: Cantarelo

Cantarelo (Cantharellus cibarius)


Descrição morfológica: Quer o chapéu quer a estipe (pé) apresentam uma cor amarela, podendo ir do amarelo dourado até tons alaranjados. Tem uma consistência carnuda e a forma do chapéu é convexa com margem ondulada. A superfície superior do chapéu é lisa. Na superfície inferior, apresenta falsas lâminas ramificadas semelhantes a pregas. O chapéu pode atingir os 12 cm de diâmetro mas, frequentemente, não passa dos 7-8 cm. A carne tem uma cor branco-amarelada. A estipe tem 3 a 8 cm de comprimento e, quando jovem, tem uma cor branca passando, mais tarde, a adquirir o típico amarelo-vivo.




Habitat: Bosques de carvalhos ou de faias ou ainda em pinhais. Está sempre associado às raízes de árvores (fungo micorrízico). Por esta razão, é de difícil cultivo.

Uso alimentício: É uma das espécies de cogumelos mais apreciadas pelo seu sabor e aroma algo frutado. Frutifica, em Portugal, de Novembro a Janeiro e, portanto, só é possível ser colhido neste período. Na culinária são frequentemente salteados ou incluídos em sopas e são aproveitados na sua totalidade (chapéu e estipe). Não é costume serem consumidos em cru. Pode também ser desidratado ou congelado se bem que altera o sabor ou textura do cogumelo.
É rico em proteínas, vitamina A, vitamina C e potássio, e constitui uma das fontes mais ricas em vitamina D.

Propriedades medicinais: Possui acção anti-inflamatória, antioxidante, anti-viral, antibiótica e desintoxicante.

Espécies semelhantes: É de extrema importância saber identificar correctamente os cogumelos pois muitos são tóxicos e, até mesmo, fatais. O canterelo pode ser confundido com o cogumelo tóxico Omphalotus olearius. No entanto, este último distingue-se por apresentar na superfície inferior do chapéu lâminas bem desenvolvidas, não ramificadas e de bordos bem definidos:


O cogumelo tóxico Omphalotus olearius também pode ser distinguido por frequentemente formar aglomerados como o que se pode ver na seguinte imagem.


Consumo do cogumelo Omphalotus olearius causa diarreia e vómitos fortes.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Alerta Verão.

       

       As condições climatéricas na Europa este Verão com excepção das ilhas Britânicas são extremas em vários sentidos. As previsões são baseadas em modelos científicos que vem da NOAA à Accuweather Americana e referem-se também especificamente a Portugal e Espanha.
No que nos diz respeito a partir em especial da segunda metade do Verão (mas não só), Portugal vai estar sujeito a incêndios florestais INFERNAIS com consequências aos níveis de fumo no ar e afins.
Como efeitos colaterais daquilo que se vai passar na Europa central da França à Alemanha vamos ter fenómenos muito pouco comuns e imensas tempestades, incluindo tornados.
Estes efeitos terão impacto em Portugal pois passarão por certas zonas trovoadas secas.
Tanto em Portugal como em Espanha o calor será elevado e a temperatura também,mas haverá ondas de calor SEVERAS,REPETIMOS: SEVERAS!
Colocamos a hipótese de o sistema de protecção civil colapsar devido aos fogos florestais.
Perante cenários estudados com tanto pormenor pelas excepcionais agências dos USA,cuidar de reservas de àgua e de sistemas de refrigeração é importante.
2017 Europe summer forecast: Heat to dominate the south; Storms to rattle Germany and Poland

quinta-feira, 4 de maio de 2017

A Iminência de Uma Guerra Nuclear?

      


      Ontem acordei com um feed de notícias no smartphone que era algo como: "Iminência de Guerra Nuclear"... Uma ótima notícia afinal, para quem ainda nem sequer tomou o pequeno almoço (?)..  Isso para quem é ligado à temática sobrevivencialista pode significar desde uma guerra psicológica orquestrada pelos plutocratas ocidentais e o seu aparato mediático, esses organismos parasitários de engenharia social, controlo do pensamento e fabrico de opinião com objectivos nebulosos, até uma eventualidade plausível a ser levada em conta ... Longe de qualquer alarmismo de alguns preppers (a malta dos anos 50 até os 80 dormia e acordava pronta para fugir à toda velocidade para os seus abrigos nucleares ao primeiro sinal de ataque) ou por outro lado, da tranquilidade bovina das massas, acreditamos à priori, que ninguém; nem mesmo o refujihadista mais fanático e burro com uma bomba nuclear montada na banheira de algum apartamento em Paris ou Berlim (exagero histriônico aqui) deseja iniciar uma guerra nuclear, algo que em última análise poderia significar simplesmente a total ou quase total aniquilação da vida na terra, sem que haja vencedores ou vencidos.
      Como aquilo que os media internacionais gostam de chamar o "fantasma da guerra fria" não foi devidamente banido, apenas guardado numa pasta burocrática qualquer para voltar a ser evocado no momento oportuno, não esqueçamos da sua potencialidade real de assombro nos dias de hoje, ainda que improvável; e relembremos aquelas lições que todos os Cold War Preppers conheciam perfeitamente:

Como Sobreviver a um Ataque Nuclear

    A Guerra Fria acabou há mais de duas décadas e muitas pessoas nunca viveram sob a sombra de uma aniquilação nuclear. Ainda assim, um ataque nuclear é uma ameaça muito real. A política global está longe de ser estável e a natureza humana não mudou nada desde as últimas duas décadas. "O som mais persistente que reverbera através da história da humanidade é o bater dos tambores de guerra".    
      Com a existência de armas nucleares, sempre há o perigo de elas serem usadas. É possível sobreviver a uma guerra nuclear? Apenas teorias existem, algumas dizem sim, outras dizem não. Para alguns, especialmente nos grandes centros populacionais, pode parecer um esforço inútil. Se existirem sobreviventes, serão aqueles que estão mental e logisticamente preparados para tal evento. O que você deve fazer? Onde você deve se abrigar? Eis como se preparar:

Método 1
Preparando-se com antecedência

1
Faça um plano. Se um ataque nuclear acontecer, não será seguro se aventurar por aí afora
atrás de comida - você deve se manter abrigado por pelo menos 48 horas, preferivelmente
mais. Ter alimentos e suprimentos médicos à mão pode acalmar sua mente e permitirá que
você se concentre em outros aspectos da sobrevivência.
2. 2
Estoque alimentos não-perecíveis. Tais alimentos podem durar anos, quer seja estocados
ou sustentando você depois de um ataque. Escolha itens que contenham muito carboidrato,
para que você tenha mais energia para seu corpo, e os armazene em um local fresco e seco:
• Arroz branco
• Trigo
• Feijões
• Açúcar
• Aveia
• Macarrão (massas)
• Leite em pó
• Frutas e vegetais secos
• Construa lentamente seu estoque. Sempre que você for ao supermercado, pegue um
ou mais itens para seu estoque de comida. Eventualmente, você deve ter construído
um estoque que dure meses.
• Certifique-se de ter um abridor de latas para itens enlatados.
3. 3
Armazene água. Considere manter um suprimento de água em recipientes plásticos. Limpe
os recipientes com uma solução alvejante, depois os encha com água filtrada e destilada.
• Tente ter 4,5 litros por pessoa por dia.
• Para purificar água caso haja um ataque, mantenha água sanitária e iodeto de potássio
por perto.
4. 4
Consiga suprimentos para comunicação. Poder se manter informado, bem como alertar os
outros de sua posição, pode ser valioso para sua vida. Eis do que você pode precisar:
• Um rádio: Tente encontrar um que seja movido à energia solar ou à manivela. Se
você tiver que usar um modelo à pilha, certifique-se de ter à mão pilhas extras.
• Um apito: Você pode usar isso para pedir ajuda.
• Seu celular: O serviço de telefonia celular pode ou não ser mantido, mas você irá
querer estar pronto para isso. Se puder, encontre um carregador solar para o seu
modelo.
5. 5
Estoque suprimentos médicos. Ter alguns itens médicos disponíveis pode fazer a diferença
entre viver e morrer se você for machucado em um ataque. Você precisará:
• Um kit básico de primeiros socorros: Você pode comprar estes kits prontos, ou fazer
o seu mesmo. Você precisa de gazes esterilizadas e curativos, pomada antibiótica,
luvas de látex, tesoura, pinças, um termômetro e um cobertor.[1]
• Um livreto de instrução de primeiros socorros: Compre um desses, ou monte seus
próprios materiais impressos da internet. Você deve saber como fazer curativos em
feridas, administrar RCP, tratar choque e queimaduras.
• Medicamentos de prescrição médica e suprimentos: Se você toma um medicamento
específico todos os dias, tente se assegurar de guardar um pequeno suprimento de
emergência.
6. 6
Consiga outros itens diversos. Conclua seu kit de emergência com o seguinte:
• Uma lanterna e pilhas
• Máscara de proteção contra pó
• Papel filme e fita adesiva
• Sacos de lixo, lacres de plástico e lenços umedecidos para limpeza pessoal
• Uma chave inglesa e alicate, para desligar coisas como o gás e a água
7.
7
Fique de olho nas notícias. Um ataque nuclear provavelmente não virá sem aviso da nação
inimiga. Tal ataque seria precedido por uma deteriorante situação política. Uma guerra com
armas comuns entre as nações que possuem armas nucleares, se não concluída depressa,
pode se intensificar e tornar-se uma guerra nuclear; e até mesmo ataques nucleares em uma
região pode se transformar em uma guerra nuclear mundial.
Muitos países têm um sistema de classificação para indicar a iminência de um ataque. Nos
Estados Unidos e Canadá, por exemplo, pode ser útil saber o nível de DEFCON (DEFesa
CONdição).
8.
8
Avalie seu risco e considere sair da cidade se um ataque nuclear parece provável. Se
sair da cidade não for uma opção, então isso deve pelo menos afetar o tipo de abrigo que
você irá construir para si mesmo. Saiba a sua proximidade em relação aos próximos alvos e
planeje de acordo:
• Os campos de aviação e as bases navais, especialmente aquelas conhecidas por
abrigar bombardeiros nucleares, submarinos nucleares lançadores de mísseis
balísticos, ou silos com Mísseis Balísticos Intercontinentais (ICBM). Estes locais são
certos de serem atacados mesmo em uma pequena guerra nuclear.
• Portos comerciais e pistas com mais de 3Km de comprimento. Estes provavelmente
serão atacados até mesmo em uma pequena guerra nuclear e com certeza serão
atacados em uma grande guerra nuclear.
• Centros do governo. Estes provavelmente serão atacados até mesmo em uma
pequena guerra nuclear e com certeza serão atacados em uma grande guerra nuclear.
• Grandes cidades industriais e grandes centros populacionais. Estes provavelmente
serão atacados no caso de haver uma grande guerra nuclear.
9.
9
Aprenda a diferença entre as armas nucleares.:
• Fissão (Bombas-A) são a arma nuclear mais básica e são incorporadas em outras
classes de armamentos. Esta bomba é feita à partir da divisão de um núcleo pesado
(plutônio e urânio) com nêutrons; pois a divisão de átomos do urânio e do plutônio
libera grandes quantidades de energia - e mais nêutrons. Os nêutrons perigosos
causam uma reação nuclear em cadeia extremamente rápida. As bombas de fissão
foram os únicos tipos de bombas nucleares usadas na guerra até agora.
• Fusão (Bombas-H), usando o incrível calor de uma "vela de ignição" de uma bomba
de fissão, comprime e aquece o deutério e o trítio (isótopos do hidrogênio, que se
fundem, liberando uma imensa quantidade de energia). As armas de fissão também
são conhecidas como armas termonucleares, já que é necessário altas temperaturas
para fundir o deutério e o trítio; tais armas são geralmente muitas vezes mais
poderosas do que as bombas que destruíram Nagasaki e Hiroshima.


Método 2
Sobrevivendo a um ataque iminente
1.
1
Procure abrigo imediatamente. Além dos avisos de perigo geopolítico, seus primeiros
avisos de um ataque nuclear iminente provavelmente serão um alarme ou um sinal de aviso;
se não for, será a explosão propriamente dita. A luz clara da detonação de uma arma nuclear
pode ser vista a dezenas de quilômetros do centro da explosão. Se você estiver nos arredores
da explosão (ou no centro dela), as suas chances de sobrevivência são quase inexistentes, a
menos que você esteja em um abrigo que forneça uma proteção contra explosão muito,
muito boa. Se você estiver a alguns quilômetros de distância, terá entre 10-15 segundos até
que a onda de calor atinja você e talvez 20-30 segundos até que a onda de choque o atinja.
Sob circunstância alguma você deve olhar diretamente para a bola de fogo. Em um dia
claro, isso pode causar cegueira temporária em longas distâncias.[2] Porém, o raio de dano
real é altamente variável, dependendo do tamanho da bomba, a altitude da explosão e até
mesmo as condições climáticas durante a explosão.[3]
• Se você não puder encontrar abrigo, procure uma área rebaixada próxima e deite-se
com o rosto para o chão, deixando o mínimo possível de pele à mostra. Se não
houver um abrigo assim, cave o mais rápido possível. Mesmo a cerca de 8
quilômetros você irá sofrer queimaduras térmicas de terceiro grau; mesmo a 32
quilômetros, o calor pode queimar a pele do seu corpo. O próprio vento chegará a
960Km/h e irá destruir qualquer coisa que esteja em campo aberto.
• Se as opções anteriores não forem possíveis, fique dentro de casa, se, e somente se,
você puder ter certeza de que o prédio não irá sofrer nenhum dano por conta da
explosão e do calor. Isso irá, pelo menos, dar alguma proteção contra a radiação. Se
esta é uma opção viável, depende da construção do prédio e o quão próximo você
provavelmente estará do centro da explosão. Fique bem longe de janelas,
preferivelmente em uma sala sem janelas; mesmo se o prédio não sofrer nenhum
dano substancial, uma explosão nuclear irá explodir as janelas a enormes distâncias.
[4]
• Se você morar na Suíça ou Finlândia, verifique se sua casa tem um abrigo antiatômico.
Se não, determine onde o abrigo anti-atômico de seu
povoado/vilarejo/cidade fica e aprenda a chegar lá. Lembre-se: em qualquer lugar da
Suíça, você poderá encontrar um abrigo anti-atômico. Quando as sirenes soarem na
Suíça, aconselha-se que você informe àqueles que não podem ouvir (isto é, os
surdos) e, em seguida, ouça a National Radio Services (RSR, DRS e/ou RTSI).
• Não fique próximo de nada inflamável ou combustível. Substâncias como o nylon e
qualquer material à base de óleo podem queimar por conta do calor.
2.
2
Lembre-se de que a exposição à radiação pode causar um grande número de mortes.
• Radiação Inicial. Esta é a radiação liberada no momento da explosão e ela tem vida
curta e viaja apenas pequenas distâncias. Acredita-se que com as grandes ondas das
armas nucleares modernas isso matará poucos daqueles que não forem mortos pela
explosão ou calor na mesma distância.[5]
• Radiação residual. Conhecida como precipitação radioativa. Se a detonação foi uma
explosão de superfície, ou se a bola de fogo atingir a terra, uma grande quantidade de
precipitação radioativa ocorre. A poeira e a sujeira levantada até a atmosfera cai,
trazendo consigo grandes quantidades de radiação. A precipitação radioativa pode
cair do céu como uma fuligem preta conhecida como "chuva negra", que é altamente
fatal e pode ter temperatura extrema. A precipitação radioativa irá contaminar
qualquer coisa que tiver contato com ela.
Assim que você tiver sobrevivido à explosão e à radiação inicial (por enquanto, pelo
menos; os sintomas de radiação têm um período de incubação), você deve encontrar
proteção contra a fuligem negra ardente.
3.
3
Conheça os tipos diferentes de partículas de radiação. Antes de continuarmos, devemos
mencionar os três tipos diferentes:
• Partículas Alfa. Estas são as mais fracas e durante um ataque são quase inexistentes
enquanto ameaça. As partículas alfa irão sobreviver por apenas alguns centímetros no
ar antes de serem absorvidas pela atmosfera. Elas apresentam uma ameaça minúscula
no exterior e são fatais se ingeridas ou inaladas. Roupas normais irão protegê-lo
contra as partículas Alfa.
• Partículas Beta: Estas são mais rápidas do que as partículas Alfa e podem penetrar
mais profundamente. Elas irão viajar até 10 metros antes de serem absorvidas pela
atmosfera. A exposição a estas partículas não é fatal, a menos que seja por um
período prolongado; o que pode causar "queimaduras Beta", quase como
queimaduras solares. Elas apresentam uma ameaça grave, porém, aos olhos, se eles
forem expostos a tais partículas por um período prolongado de tempo. Mais uma vez,
tais partículas são perigosas se ingeridas ou inaladas e a roupa irá prevenir
queimaduras Beta.
• Raios Gama: Os Raios Gama são os mais mortais. Eles podem viajar por quase
1,6km no ar e penetrar em quase qualquer tipo de proteção. Por isso a radiação gama
irá causar danos graves aos órgãos internos enquanto fonte externa. Será necessário
uma proteção suficiente para aplacar estes raios.
• O fator de proteção (PF) de um abrigo contra a radiação dirá a você quantas
vezes menos uma pessoa dentro do abrigo irá receber radiação comparado a
uma pessoa no espaço aberto. Por exemplo, um PF de 300 significa que você
receberá 300 vezes menos radiação no abrigo do que no descampado.
• Evite a exposição à radiação Gama. tente não passar mais do que 5 minutos
exposto. se você estiver em uma área rural, tente encontrar uma caverna, ou
tronco caído no qual você possa se esgueirar. Do contrário, cave um buraco
onde você possa ficar, com terra empilhada ao seu redor.
4.
4
Comece reforçando seu abrigo de dentro para fora, colocando terra ao redor das
paredes, ou qualquer outra coisa que você possa fazer. Se estiver em uma trincheira,
então crie um teto, mas só se tiver materiais por perto; não se exponha quando não for
necessário. O tecido de um pára-quedas, ou uma tenda irá ajudar a impedir que os detritos da
precipitação radioativa caiam em você, embora isso não impeça os raios Gama. É
impossível, num nível físico muito fundamental, proteger-se completamente da radiação. Ela
só pode ser reduzida a um nível tolerável. Use as informações a seguir para ajudar você a
determinar a quantidade de material de que você precisa para reduzir a penetração da
radiação para 1/1000:[6]
• Aço: 21 cm
• Pedra: 70-100 cm
• Concreto: 66 cm
• Madeira: 2.6 m
• Solo: 1 m
• Gelo: 2 m
• Neve: 6 m
5.
5
Planeje ficar em seu abrigo por no mínimo 200 horas (8-9 dias). Sob circunstância
alguma deixe seu abrigo nas primeiras 48 horas.[7]
6.
6
Racione os suprimentos. Você precisará racionar para sobreviver, obviamente; portanto,
você irá eventualmente se expor à radiação (a menos que você esteja em um abrigo
específico com água e comida).
• Alimentos processados podem ser ingeridos, contanto que o recipiente não tenha
furos e esteja relativamente intacto.
• Os animais podem ser comidos, mas devem ter a pele retirada cuidadosamente e o
coração, fígado e rins descartados. Tente não ingerir a carne próxima ao osso, já que
a medula óssea retém radiação.
• Coma pombos
• Coma coelhos
• As plantas na "zona quente" são comestíveis; aquelas com raízes ou que sejam
tubérculos (como batatas e cenouras) são altamente recomendadas. Faça um teste na
planta para verificar se ela é comestível. Veja Como Testar se uma Planta é
Comestível.
• A água em aberto pode ter recebido partículas da precipitação radioativa e é
prejudicial. A água de uma fonte abaixo da terra, como um lençol de água ou um
poço coberto, é sua melhor opção (Considere criar um destilador solar básico). Use a
água de correntes e lagos apenas como último recurso. Crie um filtro cavando um
buraco de cerca de 30cm da margem e puxando a água dele. Ela pode estar turva,
então espere as impurezas assentarem, depois ferva a água para garantir que está livre
de bactérias. Se estiver em um prédio, a água é geralmente segura para ser bebida. Se
não houver água (provavelmente não haverá), use a água dos canos abrindo a torneira
na parte mais alta da casa para deixar o ar entrar, depois abra a torneira na parte mais
baixa da casa para drenar a água.
• Saiba como purificar água.
7.
7
Vista-se por completo (chapéu, luvas, óculos de proteção, camisa de manga longa
fechada, etc.), especialmente quando estiver do lado de fora, para prevenir queimaduras
Beta. Descontamine as roupas sacudindo-as constantemente e lavando com água qualquer
pele exposta; o resíduo em contato prolongado com a pele irá eventualmente causar
queimaduras.
8.
8
Trate as queimaduras de radiação e térmicas.
• Queimadura leve: Também conhecida como queimadura Beta (embora possa ser de
outras partículas). Coloque os locais com queimaduras Beta em água gelada até que a
dor desapareça (geralmente 5 minutos).
• Se a pele começar a formar bolhas, queimar ou rachar; lave com água gelada
para remover as substâncias contaminantes, depois cubra com uma compressa
estéril para prevenir a infecção. Não estoure as bolhas!
• Se a pele não formar bolhas, queimar ou rachar; não a cubra, mesmo se a
queimadura for em uma grande parte do corpo (quase como uma queimadura
solar). Ao invés disso, lave a área e cubra-a com vaselina ou uma solução de
bicarbonato de sódio e água, se disponível. Mas, terra (não-contaminada)
úmida serve.
• Queimadura grave: Conhecida como queimadura térmica, já que vem geralmente do
calor causado pelas explosões de alta intensidade, ao invés das partículas ionizantes,
embora a última também possa causá-las. Podem ser uma ameaça à vida; tudo tornase
um fator: perda de água, choque, danos nos pulmões, infecção, etc. Siga estes
passos para tratar uma queimadura grave.
• Proteja as queimaduras de uma contaminação maior.
• Se a área queimada estiver coberta por roupa, corte gentilmente e remova a
roupa da queimadura. Não tente remover a roupa que está presa ou que
está fundida com a queimadura. Não tente puxar as roupas da
queimadura. Não coloque nenhuma pomada na queimadura.
• Lave gentilmente a área queimada com água apenas. Não aplique cremes ou
pomadas.[8]
• Não use use gazes médicas estéreis que não sejam especificamente para
queimaduras. Como as gazes não-aderentes para queimaduras (e outros
suprimentos médicos) provavelmente não devem estar sobrando, uma
alternativa é usar papel filme, que é estéril, não gruda nas queimaduras e é
fácil de encontrar.
• Previna o choque. Choque é o fluxo inadequado de sangue aos tecidos e
órgãos vitais. Se não for tratado, pode ser fatal. O choque é resultado da perda
excessiva de sangue, queimaduras profundas, ou reações à visão de uma
ferida ou sangue. Os sinais são inquietação, sede, palidez e taquicardia. O
suor pode ocorrer mesmo se a pele estiver fresca e úmida. Conforme a pessoa
piora, a respiração é rápida e difícil, com um olhar vago. Tratamento:
mantenha os batimentos cardíacos e a respiração adequados massageando o
peito e posicionando a pessoa para uma respiração adequada. Afrouxe
quaisquer roupas apertadas e explique que está tudo bem. Seja firme, embora
gentil e auto-confiante.
9.
9
Sinta-se livre para ajudar pessoas com a doença da radiação, também chamada de
Síndrome da Radiação. Ela não é contagiosa e tudo depende da quantidade de radiação que
a pessoa recebeu. Eis uma versão condensada da tabela:
10.
10
Familiarize-se com as unidades de radiação. (Gy (gray) = a unidade do Sistema
Internacional para medir a dose absorvida de radiação ionizante. 1 Gy = 100 rad. Sv
(Sievert) = a unidade do Sistema Internacional para medir a dose equivalente, 1 Sv = 100
REM. Para simplificação, 1Gy é geralmente equivalente a 1Sv.)
• menos que 0.05 Gy: Sem sintomas visíveis.
• 0.05-0.5 Gy: Diminuição temporária da contagem de células vermelhas.
• 0.5-1 Gy: Diminuição da produção de células imunológicas; suscetibilidade a
infecções, náusea, dores de cabeça e vômito podem ser comuns. Geralmente é
possível sobreviver a esta quantidade de radiação sem qualquer tratamento médico.
• 1.5-3 Gy: 35% dos expostos morrem em 30 dias. (LD 35/30) Náusea, vômito e perda
de todos os pêlos do corpo.
• 3-4 Gy: Intoxicação grave por radiação, 50% de mortes depois de 30 dias (LD
50/30). Outros sintomas são similares à dose 2-3 Sv, com sangramento incontrolável
na boca, debaixo da pele e nos rins (50% de probabilidade no 4 Sv) depois da fase
latente.
• 4-6 Gy: Intoxicação aguda por radiação, 60% de mortes depois de 30 dias (LD
60/30). A fatalidade aumenta de 60% em 4.5 Sv para 90% em 6 Sv (a menos que haja
cuidado médico intenso). Os sintomas se iniciam entre meia hora a duas horas depois
da irradiação e duram até 2 dias. Depois disso, há uma fase latente de 7 a 14 dias,
depois da qual geralmente os mesmos sintomas aparecem como os da radiação entre
3-4 Sv, com intensidade aumentada. A esterilidade feminina é comum neste ponto. A
recuperação leva entre vários meses a um ano. As causas primárias de morte (em
geral 2 a 12 semanas após a irradiação) são as infecções e o sangramento interno.
• 6-10 Gy: Intoxicação aguda por radiação, perto de 100% de mortes depois de 14 dias
(LD 100/14). A sobrevivência depende de cuidados médicos intensos. A medula
óssea é quase ou completamente destruída, então é preciso um transplante de medula.
Os tecidos gastro-intestinais estão gravemente danificados. Os sintomas começam de
15 a 30 minutos depois da irradiação e podem durar até 2 dias. Subsequentemente, há
uma fase latente de 5 a 10 dias, depois da qual a pessoa morre por infecção ou
sangramento interno. A recuperação demoraria vários anos e provavelmente nunca
seria completa. Devair Alves Ferreira recebeu uma dose de aproximadamente 7.0 Sv
durante o incidente em Goiânia e sobreviveu, em parte, devido à sua exposição
fracionada.
• 12-20 REM: A morte é 100% nesta fase; os sintomas aparecem imediatamente. O
sistema gastrointestinal é completamente destruído. Sangramento incontrolável na
boca, sob a pele e nos rins. A fadiga e a doença cobram seu preço. Os sintomas são os
mesmos de antes, com intensidade aumentada. É impossível se recuperar.
• Mais do que 20 REM. Os mesmos sintomas se desencadeiam imediatamente, com
intensidade aumentada, depois cessam durante vários dias na fase "fantasma".
Subitamente, as células gastrointestinais são destruídas, com a perda de água e o
sangramento em excesso. A morte começa com delírio e insanidade. Quando o
cérebro não consegue mais controlar as funções como a respiração ou a circulação
sanguínea, a pessoa morre. Não há tratamento médico que possa reverter o quadro; a
ajuda médica serve apenas como conforto.
• Infelizmente, você tem que aceitar que uma pessoa pode em breve morrer. Embora
seja difícil, não gaste rações ou suprimentos com pessoas morrendo de doenças de
radiação. Mantenha os alimentos para as pessoas em boa forma e saudáveis, se for
necessário distribuir. A doença da radiação prevalece entre os muitos novos, os
idosos e as pessoas doentes.
11.11
Proteja equipamentos elétricos críticos contra o EMP. Uma arma nuclear detonada a uma
altitude muito grande irá gerar um pulso eletromagnético tão poderoso que pode destruir
dispositivos eletrônicos e elétricos. No mínimo, desligue todos os dispositivos das tomadas
e antenas. Coloque rádios e lanternas em um contêiner de metal selado (uma "gaiola de
Faraday") pode protegê-los do EMP, contanto que os itens sendo protegidos não estejam em
contato com a gaiola. A gaiola de metal deve envolver o item protegido completamente - e
ajuda se ele estiver aterrado.
• Os itens a serem protegidos devem ser isolados da parte condutora, já que, se o
campo EMP passar pela proteção, ainda pode induzir voltagens em placas com
circuitos estáticos. Um "cobertor espacial" metalizado, enrolado firmemente ao redor
de um dispositivo enrolado em jornal ou algodão pode agir como uma gaiola de
Faraday, útil se a pessoa estiver longe da explosão.
• Outro método é enrolar uma caixa de papelão em cobre ou papel alumínio. Coloque
o item lá e ligue o dispositivo ao chão.
12.
12
Esteja preparado para ataques subsequentes. Muito provavelmente, um ataque nuclear
não será um evento único. Esteja preparado para outro ou outros ataques das nações
inimigas, ou uma invasão da parte inimiga.
• Mantenha seu abrigo intacto, a menos que os materiais usados sejam absolutamente
necessários para a sobrevivência. Colete qualquer água limpa e alimento que esteja
disponível.
• Porém, se a nação atacante atacar novamente, provavelmente será em outra parte do
país. Se nada mais funcionar, viva numa caverna.
Dicas
• Certifique-se de não deixar ninguém saber quanto ou o que você tem com você.
• Construa um abrigo nuclear com antecedência. Os abrigos nucleares caseiros podem ser
criados usando um porão. Porém, muitas casa não possuem porões; se for o caso, considere
construir um abrigo comunitário ou um abrigo privado em seu quintal.
• Certifique-se de lavar tudo, especialmente comida, mesmo que esteja em seu abrigo.
• Certifique-se de se atualizar dos últimos direcionamentos e anúncios do Governo.
Avisos
• Nunca perca a calma, especialmente se você estiver no comando. Isso é importante para
manter um nível de moral alto entre as pessoas, o que é essencial em situações difíceis.
• Saiba se há um ataque de retaliação ou uma segunda detonação na sua área. Se sim, você
deve esperar outras 200 horas (8-9 dias) à partir da última detonação.
• Mesmo que seja seguro sair do abrigo, a lei local e o governo federal estarão em modo de
crise. Coisas ruins podem acontecer, então permaneça escondido até que seja seguro.
Falando de forma geral, se você vir tanques (a menos que sejam tanques hostis), algum tipo
de ordem foi restaurada.
• Tire um tempo para aprender tudo o que puder sobre essa emergência. Cada minuto gasto
aprendendo "o que fazer e o que é seguro" irá poupar um tempo precioso quando a
necessidade aparecer. Depender de esperança e sorte numa situação assim é imprudente.
• Não beba, coma ou entre em contato corporal com qualquer planta, córrego ou objeto
metálico encontrado em uma área desconhecida.
• Não se exponha. Não se sabe quantos roentgens uma pessoa pode receber sem ficar com
nenhuma doença de radiação. Normalmente, leva entre 100-150 roentgens para adquirir uma
doença leve, a qual você pode sobreviver. Mesmo que você não morra de uma doença de
radiação, você ainda pode desenvolver câncer depois.
Fontes e Citações
• Ehrlich, R, (1984). Waging Nuclear Peace: The Technology and Politics of Nuclear
Weapons, ISBN 9780873959193
• Langford, R. Everett (2004), Introduction to Weapons of Mass Destruction, ISBN
0471465607
• Wiseman, J, (1986), SAS Survival Handbook, ISBN 9780002727747


ARTIGO PARCIALMENTE COPIADO DA WIKIHOW

terça-feira, 25 de abril de 2017

Um Treino com Calibre 12

O Grupo Legio aproveitou esse feriado para colocar a pontaria em dia. Sim senhor! Uma manhã muito agradável!

terça-feira, 11 de abril de 2017

Adaptação ao cenário de emergência e a outros imprevistos.

        

             Nos nossos dias, há grupos que se treinam e preparam para cenários caóticos e apocalípticos.  Temos assistido, ainda que de forma discreta, a agrupamentos de pessoas que se congregam em comunidades de número variável, denominados preppers, tendo em mente cenários de resistência e de sobrevivência. 
       Neste sentido, ensaiam actividades e procedimentos, tais como construção de Bunkers, armazenamento de comida para meses ou anos e treino de defesa contra possíveis atacantes ou invasores das suas propriedades. Isto para além das autoridades nacionais e de protecção civil que têm por objectivo a preparação e a reunião de meios para responder a acidentes localizados de grandes dimensões. Porém, estas últimas, na minha opinião, não reúnem condições para responder com eficácia e rapidez a acontecimentos de grande gravidade, como por exemplo um tremor de terra de elevada magnitude em Lisboa, pelo menos nas primeiras 24 horas, mesmo contando com uma possível ajuda de meios de todo o país e com o apoio dos três ramos das Forças Armadas. Daí que a própria protecção civil aconselhe as pessoas a ter certas provisões de reserva, que são assunto de muitos vídeos colocados no Youtube e descritos noutros sites.
Na minha experiência pessoal de situações de emergência, acidentes com familiares na estrada, emergências médicas e experiências pessoais, é valioso o conhecimento dos efeitos do stress e a exacta noção de como as pessoas reagem. O medo é o sentimento que prevalece e dá origem às mais diversas reacções, o que se intensifica nos nossos dias, pois todos contamos com as mais diversas facilidades no nosso dia-a-dia, proporcionadas por todo o tipo de dispositivos e equipamentos electrónicos e informáticos. 
      As pessoas, de um modo geral, não pensam nem se preparam - com previdência e treino - para grandes desastres, como sismos, ciclones, tempestades de grande magnitude, ataques terroristas de grande escala, guerras, acidentes químicos, pandemias, entre outros, pois de um modo geral estão convencidas de que as agências de protecção civil e de socorro tratarão delas atempadamente na maioria das situações, sendo que em alguns casos isto pode ser verdade. Por outro lado, certos meios tecnológicos de que dispomos, em especial o telemóvel, podem ser um instrumento de sobrevivência e em certas circunstâncias salvar muitas vidas. Contudo, devemos pensar melhor se não estaremos a depositar nestes meios demasiada confiança, sobretudo as gerações mais novas. Imaginemos, por exemplo, uma situação em que uma jovem, vendo-se presa por causa de uma intempérie numa estação de comboios, telefona aos pais em busca de transporte e socorro, mas devido a uma chuva muito forte, a linha de comboio fica inundada ou um poste é derrubado, um posto de transformação falha, os meios tecnológicos aqui não podem servir de grande ajuda. 
Não precisamos por isso de imaginar nenhum ataque terrorista nem noutra tragédia de grande magnitude. Basta um acidente que cause o bloqueio das vias terrestres. Lembremos a título de exemplo o que aconteceu no Verão passado no nosso país quando aquele casal português se tornou famoso, ao ter comprado e distribuído água às pessoas retidas na autoestrada, que foram apanhadas desprevenidas num dia de calor intenso de Verão. Por vezes, pequenos objectos como uma lanterna podem evitar situações de pânico, tais como um canivete ou um quebra-vidros dentro de um carro, imagine-se a situação de um acidente rodoviário, em que um sujeito se encontre preso pelo cinto de segurança e se encontre encarcerado com uma criança atrás.  Quanto tempo terá ele de esperar até a operação de socorro chegar? Ou numa situação de queda de árvores devido ao mau tempo. Ou quando se anda sozinho de bicicleta, aqueles que, com frequência saem da estrada, e têm acidentes e ficam feridos, quantos desses trazem algum objecto sonoro como um apito ou de luz para sinalizarem o alerta? 
Há toda uma panóplia de situações várias que podem ser colmatadas por aquilo que se designa por EDC (every day carry - objectos de sobrevivência que devem andar sempre connosco). Passamos então a descrever uma possível lista desses objectos EDC: 
-O telemóvel
-Um canivete com lâmina de dimensões legais, abaixo de 10 cm, os do tipo Suíço são melhores.
-Uma lanterna de boa marca e resistente a uma queda e úteis na defesa pessoal
-Carteira com pensos para feridas e um mínimo de dinheiro, pois se a luz falha não funciona o multibanco
-Uma garrafa com um pouco de àgua
-Um quebra-vidros
-Um assobio ou apito
-Um isqueiro (muito importante, podes ser preciso fazer fogo em várias situações com usos diversos)
-Luvas cirúrgicas
-Medicamentos usados em situações de urgência, como por exemplo anti-inflamatórios e analgésicos 
-Um cinto regulável que possa servir de torniquete ou ajudar a dominar um cão enfurecido
-Calçado resistente


Para complementar juntamos o link do excelente documentário "Britain Blackout". Este demonstra que sem electricidade a sociedade actual fica completamente vulnerável. 

terça-feira, 4 de abril de 2017

COMO NÃO SOBREVIVER



          Há seis anos, quando eu comecei a escrever O SOBREVIVENTE havia apenas débeis luzes sob os desastres mundiais confrontados pela humanidade. Como Historiador, eu poderia combinar as causas e efeitos que levaram à ruína civilizações do passado e traçar um paralelismo com as mesmas influências degenerativas que condenam a nossa própria civilização.
Entretanto, mais e mais pessoas despertaram ao menos para o facto de que o mundo está em terríveis apuros. A maioria, porém; se entretém com a crença de que a sabedoria prevalecerá - Um líder estará em algum lugar lá fora: O inimigo será exposto e destruído, etc. Tal coisa nada mais é do que ocupar-se de ilusão agradável. É a arrogância quase paranoica de acreditar que a nossa
geração é de alguma forma favorecida em relação a, ou superior a povos inteiros
destruídos pelas mesmas causas ao longo da história.
Muitas pessoas, mesmo sobrevivencialistas, são incapazes de aceitar o fim da civilização mundial: Eles o confundem com o fim do Mundo, ponto.
A queda de Atlântida foi o fim da última civilização mundial. Foi uma experiência tão rompante, tão completa que mesmo a maioria dos estudiosos consideram-na um mito. Contudo, não marca o fim do mundo. Sua totalidade residia no fato de que estava interligada e interdependente em relação a outras culturas da Terra, como na nossa presente civilização global.
Houve sobreviventes da queda de Ur dos Caldeus, Babilónia, Grécia e Egipto. Mas para a maioria de seus habitantes foi realmente o fim do mundo.
Quase como a Atlântida, o Império Romano espalhou uma teia de interdependência através de toda a Europa. À sua queda seguiram-se as centenas de anos de ignorância, miséria, despotismo, inquisição e degradação conhecida como a Idade das Trevas. Mas não foi o fim do mundo.
De 1348 a 1361 a Peste Negra envolveu a Europa. Uma metade dos britânicos morreram enquanto o resto da Europa sofreu uma perda de um quarto de sua população. A praga devastou as cidades, aniquilando as classes baixas mas deixando a Aristocracia e os camponeses relativamente seguros.
O DECAMERON de Boccaccio é uma coleção de histórias supostamente contadas por um grupo de afluentes e inteligentes Florentinos que durante a praga fugiram da assolada Florença para o campo; lá se reuniram e contaram histórias espirituosas até passar o pior. Não era o fim do seu mundo. Terminada a peste, eles voltaram aos seus lares. Como a classe trabalhadora foi dizimada, os sobreviventes tiveram de substituir as mãos por máquinas. A tecnologia e a ciência floresceram e o período foi chamado a Renascença ou o Renascimento.
Aceitemos portanto, o fim da civilização mundial com a esperança de não perecermos necessariamente junto com ela. Depois de fazer isso, você poderá ver o absurdo das seguintes medidas de emergência para sobreviver a uma calamidade temporária:
Investir em bens intangíveis, ouro, prata, diamantes, antiguidades,
pinturas:
Estes são dependentes do seu valor no desejo, não na necessidade.
Quando a necessidade é a maior consideração, o desejo é simplesmente uma emoção frívola.
Para trocar os seus bem preciosos por bens de primeira necessidade, você terá que esperar até que os excedentes de produção sejam criados. No entanto, digamos que você se aproxima de um fazendeiro e lhe oferece um Krugerrand de 600 dólares para seu valor em frangos. Se você tiver sorte, ele poderá oferecer-lhe um frango de 600 dólares...

Veículos “Bugout”: Eu me divirto com as fantasias de alguns tipos urbanos
que enchem autocaravanas com tudo o que poderia ser necessário para sobreviver! Quando a coisa atingir a ventoinha (SHTF), eles sairão apenas quando os tumultos se tornarem demasiado ferozes ou as nuvens dos cogumelos atómicos pairarem directamente sobre as suas cabeças. Estradas bloqueadas por veículos sem combustível e / ou destruídos
selarão o destino da maioria dos “bugouters”. Os bandidos darão conta de muitos daqueles que conseguirem ultrapassar os congestionamentos.
As pessoas nas áreas rurais, ameaçadas por multidões de refugiados,
alvejarão quem quer que não se mantenha em movimento. Você não poderá carregar combustível suficiente para se manter em movimento.
Levarão semanas, talvez meses, para os habitantes rurais ficarem sem suprimentos em suas aldeias e vilas. Afugentando os forasteiros, como é óbvio, haverá pouquíssimas chances de que seja concedido refúgio entre eles antes que teus próprios suprimentos esgotem, independentemente do que tenhas para barganhar.
O melhor é abastecer um um U-Haul* e dirigir-se para as Ozarks agora mesmo.

Abrigos Nucleares: Estes são para áreas urbanas. Executivos e homens de negócios presos ao sistema acreditam que poderão abrigar-se antes de que a precipitação nuclear os atinja. Depois de um par de semanas eles imaginam que sairão para algum tipo de “Admirável Mundo Novo”, onde voltarão para suas mesas e continuarão o seu trabalho como o costume.
Quando as cidades se forem, as pessoas presas em abrigos terão o mesmo destino daquelas que não têm abrigos. A chance de viver mais um par de semanas de vida não vale a despesa. Nos anos 50, os abrigos teriam sido práticos na eventualidade de uma guerra nuclear mas nos anos 80 a devastação será tão maior, que a reconstrução em ruínas nucleares será impensável por anos. (imaginem agora, entre 2017 e 2020!)
Fora das grandes cidades, um bunker poderá ser agradável e uma proteção contra o pior da precipitação nuclear. Ainda assim, seria um abrigo para meses, senão anos.
Hiroshima e Nagasaki provaram a falácia das mutações, obliteração por doenças relacionadas à radiação, esterilidade e câncer anos depois. A maioria sobreviverá sem abrigos, a menos que toda a vida seja destruída.
Arsenais: Adoro armas, mas só tenho o suficiente para mim. Eu não terei que armar os meus vizinhos porque nunca conheci ninguém aqui que não estivesse bem armado.
Tenho uma estação de recarga completa, abrangendo cada rifle, tamanho da espingarda e pistola das variedades mais comuns. Esqueça o exótico! Estou preparado para recarregar para a comunidade. Isso é tudo que é necessário.
No entanto, eu li a respeito de “fanáticos por armas” a comprar de tudo o que dispare projéteis, como se armas fossem tudo o que importa. Eles devem pensar que o tiroteio durará por anos a fio. Talvez até estejam certos se ficarem presos entre as grandes cidades
e as áreas rurais bem defendidas. Nesse caso, esses “fanáticos por armas”
tornar-se-ão justamente naquilo o que eles imaginam que estão a se armar contra.
Assim, a menos que sejas um armeiro ou um colecionador honesto, você não tem
nenhuma razão para adquirir armas apenas para tê-las. Melhor gastar o seu dinheiro em itens mais úteis. Sim, você deve ter uma boa caçadeira, carabina e pistola.
Você deve obter uma cópia do livro de Mel Tappan, “SURVIVAL GUNS” e escolher as melhores armas que possa pagar e nas variedades adequadas às suas reais necessidades... Mas considerar um arsenal mais importante do que as ferramentas necessárias à sobrevivência de longo termo é pura imaturidade.

Luta contra o comunismo: Com o atual comunismo marxista em declínio, o dinheiro e oesforço gasto na luta contra essa ideologia estúpida é um desperdício. É claro que o termo "comunismo" está a se tornar "Bildeberger", "Trilateralismo", etc. que é supostamente a mesma coisa. Parece que tudo é parte de um enorme enredo. A crença em tal enredo é comumente conhecida como “Teoria da conspiração". Comunistas, Bildeberger, Trilateralistas e talvez uma dúzia outros grupos vagos estão a receber o crédito por quase tudo o que está errado no nosso planeta. Se um culpado pudesse ser encontrado, identificado, combatido e finalmente neutralizado, toda a "luta" seria razoável.Mas esse absurdo tem acontecido há anos sem nada para demonstrar além das exposições de todos os "patriotas".
Quando Roma foi cercada pelos bárbaros e arruinada pelas revoltas de proletários e
escravos libertos, os justos cidadãos desperdiçaram tempo valioso a seguir as suas próprias teorias de conspiração. Roma caiu sem que nenhum dos "conspiradores" fosse incomodado.
O ponto é que a degeneração não precisa de nenhum rótulo. Rotulá-la apenas dá a falsa esperança de que um rótulo é de alguma forma como um alvo contra o qual se possa disparar. Este é um falso conforto já que o alvo em si é falso.
A manipulação política e internacional dos párias do mundo devem ser ignoradas neste momento. Quanto melhor preparado você estiver para cuidar de seus próprios problemas, melhor você será capaz de lidar com os vermes quando o colapso vier. Enquanto isso, não comprometa os teus esforços para a sobrevivência, ficando indignado com o que uma chusma de predadores condenados e parasitários têm feito.
REVOLTA CONTRA A CIVILIZAÇÃO, de Lothrop Stoddard, está a ser disposto neste volume. Ele mostra como os comunistas são simplesmente inteligentes, perdedores engenhosos a incitar perdedores ineptos contra os melhores indivíduos. No que me diz respeito, os perdedores tomaram as cidades e destruíram as suas economias. Que eles fiquem com as cidades! A maioria deles morrerá nelas.
 
                                                                                                                       Kurt Saxon -1980

*                                         * U-Haul: espécie de atrelado de pequenas dimensões muito popular nos EUA sobretudo nos anos 80/90. 


                                                              THE SURVIVOR - KURT SAXON

domingo, 26 de março de 2017

A importância do desempenho cognitivo intelectual para a sobrevivência.

                                                                     

        Num contexto de sobrevivencialismo, em todos os cenários valorizamos com justeza a preparação e as capacidades físicas, assim como aspectos logísticos em relação ao meio que nos rodeia.
 Em todos os cenários, valoriza-se sempre a possibilidade de contarmos com um considerável armazenamento de medicamentos de actuação SOS como antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, alimentos, ferramentas, entre muitas outras coisas. A suplementação alimentar é vista como um luxo proveniente de tempos de paz e de estabilidade, uma espécie de sinal dos tempos modernos dos países industrializados e urbanos.
       Provavelmente muitos ignoram que num cenário de possível escassez alimentar , os suplementos e alguns tipos de medicamentos poderão desempenhar um papel essencial para nos mantermos mais tempo aptos e saudáveis. Outro aspecto também muito negligenciado é o desempenho cognitivo e emocional. Sem esquecer que o potencial intelectual de cada um vem em esmagadora percentagem da sua herança genética, não devemos esquecer que até esse mesmo potencial pode degenerar-se facilmente, seja em tempos de paz ou em tempos mais conturbados.
    A propósito disto, vivemos numa época em que a esperança de vida tem aumentado em relação a décadas anteriores. Hoje em dia, a percentagem de população com mais de 70 anos cresceu bastante na maioria dos países industrializados do Hemisfério Norte, e não são raros os casos em que um indivíduo chega aos 90 anos. Porém, as doenças degenerativas relacionadas com o desempenho cognitivo e psíquico também aumentaram, afectando as pessoas a partir de determinada idade. Surgem cada vez mais casos do mal de Alzheimer e de demência vascular em famílias sem antecedentes dessas doenças. Segundo os entendidos, este problema deve-se em muito a um estilo de vida sedentário e a alimentação desequilibrada. Outras teorias muito divulgadas acusam o papel nefasto de certas substâncias presentes em alimentos processados , tais como o aspartame e o glutamato de potássio, em pesticidas que se encontram na fruta e nos legumes, tais como o fluor, assim como a poluição atmosférica.
      Por outro lado, a sociedade dos dias de hoje, sendo bastante competitiva , recorre com frequência a estimulantes enrgéticos para o cansaço físico e mental e não é de espantar a popularidade e a procura que os estimulantes cerebrais, naturais e sintéticos têm tido um pouco por todo o mundo industrializado. São os denominados nootrópicos (nootropics, mais popularmente, em inglês). Noo em grego significa mente, tropo significa direcção. Quase todos nós, numa ocasião ou noutra, já tivemos de tomar algum tipo de suplemento, natural ou menos natural, com o objectivo de reduzir o cansaço, melhorar a memória ou propiciar boa disposição. Até mesmo às crianças e aos adolescentes em alguns casos, lhes foram ministradas drogas sintéticas, denominadas de “inteligentes”, tais como a Ritalina, com o fim de lhes melhorar o rendimento escolar.   
    Em muitos países estas drogas foram proibidas, pois os efeitos negativos tornaram-se evidentes.
Os estudos científicos não são conclusivos quanto ao efeito real da maioria dos medicamentos nootrópicos, sejam eles sintéticos ou naturais. Os profissionais da saúde dividem-se, apontando muitas vezes dúvidas e demonstrando cepticismo. Contudo, frequentemente as pessoas que tomam tais drogas e suplementos sentem e afirmam melhorias consideráveis nos seus desempenhos cognitivos e emocionais. Claro que deveremos sempre mencionar que o estilo de vida e os hábitos alimentares são determinantes num bom desempenho intelectual e no estado emocional. Uma boa alimentação, actividade física regular e hábitos culturais que desafiem o conhecimento são essenciais para este efeito. Para além do mais importante, que é providenciar ao cérebro tempo de descanso suficiente. Cada vez mais, os médicos são peremptórios na importância fundamental do sono, afirmando mesmo que dormir o tempo suficiente – entre seis a oito horas diárias – é tão ou mais importante do que comer. Seja para o desempenho cognitivo seja para a saúde de um modo geral. Por isso, antes de partirmos para a suplementação ou medicação com o fim de melhorarmos a nossa performance intelectual e emocional, há que antes de mais alterar estes hábitos, sendo que o tempo de descanso do sono continua a ser desprezado por muitos. Mas partindo para os ditos nootrópicos podemos dividi-los entre os naturais e os sintéticos. Entres estes últimos estão os compostos químicos da família dos racetams e o Adderall, entre outros menos populares. Entre os naturais a gama é muito variada, desde as vitaminas até aos ácidos gordos, magnésio e outras plantas às quais se atribuem efeitos benéficos para estes casos, como é o caso do gincko biloba, do ginseng (chinês, americano e coreano), raiz do ouro, entre muitos outros.                                                                                                                                                                    As vitaminas do complexo B desempenham um papel fulcral, em termos alimentares, existem em boas quantidades nas carnes vermelhas e em algumas leguminosas. Ácidos gordos como o ómega 3 e o magnésio são essenciais para este efeito e para a saúde um modo geral. Em modo de conclusão, podemos referir que podemos e devemos procurar formas de melhorar o nosso desempenho intelectual, físico, emocional ou outros, seja na forma natural ou medicamentosa. Estes aspectos são essenciais para a nossa qualidade de vida, à mediada que envelhecemos, seja em que contexto histórico for, e sobretudo para a nossa sobrevivência num cenário adverso. Contudo, nós somos o resultado das nossas opções de vida e dos nossos hábitos. Não podemos esperar bons resultados quando não estamos a moldar a nossa existência de modo correcto. Não existem pílulas milagrosas e a nossa vontade e espírito de sacrifício serão essênciais para o nosso desempenho, seja ele cognitivo ou de outro nível qualquer. A nossa preparação para um cenário desfavorável passa esencialmente pelos hábitos que adquirimos e as defesas que obtivermos enquanto estivermos a tempo de o fazer.