domingo, 20 de novembro de 2016

Plantas herbáceas: Erva-moura


Erva-moura (Solanum nigrum)



Descrição botânica: Planta anual de 30 a 120 cm de altura, de caule glabro (sem pelos) ou mais ou menos piloso, frequentemente anguloso. As folhas encontram-se distribuídas ao longo do caule e dos ramos. Têm forma ovalada, com margens sinuosas ou dentadas, são glabras ou mais ou menos pilosas.
 
 
As flores, dispostas em grupos de 3 a 6, nascem no extremo de um pedúnculo comum que não surge da axila de uma folha, mas sim do meio de um entre-nó. O cálice tem a forma de sino e possui 5 sépalas. A corola apresenta 5 pétalas e tem 6 a 12 mm de diâmetro. As pétalas são de cor branca e curvam-se com o tempo. No centro da corola é possível ver-se anteras amarelas com 5 estames e, no seu meio, o estigma de cor verde. Os frutos são bagas de 6 a 8 mm de diâmetro, de cor negra, alaranjada ou amarela-esverdeada, consoante o estado de maturação.


 
Habitat: Campos de cultivo ou terrenos baldios.

Perigos conhecidos: Não existe consenso quanto à toxicidade das folhas e bagas desta planta para o Homem. Segundo algumas fontes, podem ser relativamente tóxicas mas outras consideram-nas totalmente seguras para comer. Em algumas partes do mundo, esta planta é cultivada com o intuito de usar as suas folhas e frutos na alimentação humana e é provável que a sua toxicidade varie com o local onde cresce. Os frutos verdes contêm a concentração mais alta de toxinas neste planta. No entanto, são raramente fatais. Sintomas podem incluir dores abdominais, vómitos e diarreia.

Usos alimentícios: As bagas podem ser usadas em conservas, geleias e pastéis. Têm um sabor almiscarado, parecido com o tomate mas menos agradável. Só se devem usar os frutos totalmente maduros pois quando estão verdes possuem a toxina solanina. Os frutos contêm 2,5% de proteína; 0,6% de lípidos; 5,6% de hidratos de carbono; 1,2% de cinzas.
As folhas jovens e os rebentos podem ser ingeridos crus ou cozinhados, como hortaliças ou adicionados a sopas. Como já foi referido, deve-se prestar atenção à sua possível toxicidade.
Composição nutricional das folhas (por 100 gramas de peso fresco):
Água: 86,4 g
Proteínas: 4 g
Lípidos: 0,7 g
Hidratos de carbono: 7,6 g
Fibras: 1,6 g
Cinzas: 1,7 g
Cálcio: 210 mg
Fósforo: 70 mg
Ferro: 5 mg
Vitamina A: 2000 mg
Tiamina: 0,15 mg
Riboflavina: 0,15 mg
Niacina: 1,2 mg
Vitamina C: 43 mg

Outros usos: Estas plantas são capazes de remover bifenilpoliclorados (compostos organoclorados tóxicos) do solo. São mais eficazes caso sejam inoculadas com a bactéria Agrobacterium tumefaciens.
 
Propagação: Pode-se fazer a sementeira em estufa no início da Primavera e fazer a transplantação das plantas no final da Primavera.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Remover pesticidas e outros químicos dos alimentos

Apesar de serem uma grande ajuda para os agricultores, os pesticidas não são nada benéficos para a saúde. Por isso, se ainda não compra alimentos biológicos e orgânicos há sempre formas de tentar reduzir ao máximo o risco de ingestão de vestígios destes químicos. O site Health Digezt listou algumas formas simples que, apesar de não terem o sucesso absoluto garantido no que toca à eliminação destes vestígios, podem fazer uma grande diferença:


 Descascar. Nas frutas e vegetais cuja casca é fácil de remover, descascá-los é a forma mais eficaz de eliminar os pesticidas. Passar por água morna. Os especialistas sublinham que deve passar a água morna e não quente. Faça-o nas frutas e nos vegetais que não dão para descascar mas faça-o também naqueles que acabou de descascar, para garantir que remove todos os vestígios de pesticidas.

 Esfregue-os com um pano ou papel. Depois de lavada, esfregar bem uma peça de futa ou um vegetal com um pano limpo ou um pouco de papel de cozinha vai ajudar a remover qualquer pesticida.

Mergulhe-os em água salgada. Se receia que alguma fruta ou vegetal tenham demasiados pesticidas, mergulhe-os durante uns minutos numa bacia de água morna com uma colher de chá de sal grosso antes de os passar por água morna e de os limpar.

 Mergulhe-os em água com vinagre. Alguns pesticidas contêm certos químicos que são absorvidos pela casca do alimento. Uma boa forma de os remover é mergulhando os alimentos numa bacia com água e uma colher de sopa de vinagre.

 Spray DIY. Já há produtos para eliminar os pesticidas à venda no mercado mas pode fazer a sua própria versão caseira com uma colher de sopa de sumo de limão e duas colheres de sopa de bicarbonato de sódio. Coloque num frasco de spray, abane bem e borrife as frutas e os vegetais depois de os passar por água morna e antes de os secar. (fonte -NOTÍCIAS AO MINUTO)

 Iodo. Talvez um dos métodos mais eficazes, que pode inclusivamente ser utilizado em combinação com outros métodos citados acima. Ver vídeo do médico brasileiro Dr. Lair Ribeiro.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Marcha no Parque Nacional da Peneda Gerês (30/10/2016)

Um belo domingo de sol, perfeito para uma actividade ao ar livre. Decidimo-nos por uma rota pouco habitual para o Grupo Legio: O Gerês -  Reserva Mundial da Biosfera de acordo com a UNESCO e uma verdadeira jóia paisagística e natural de acordo com os seus visitantes, frequentadores e habitantes. A subida foi algo cansativa mas ainda assim  agradável, entre o ar puro da montanha, cascatas de água cristalina, medronheiros, azevinhos e todas as outras espécies que compõem a rica e bela flora selvagem do nordeste do Minho.



















 Aqui cabe a narrativa de um pequeno incidente, a título meramente didáctico: No final da caminhada, mesmo no sítio que nos havia servido como ponto de partida, deparamos com uma turista de meia idade que se havia  ferido depois de se expor a um risco desnecessário, numa situação que felizmente e por sorte não teve um desfecho trágico. Para nós ficaram claras todas as lições que temos aprendido com a nossa constante investigação acerca da sobrevivência, montanhismo e bushcraft; lições e orientações importantíssimas que não devemos jamais esquecer:

1 - A atitude prudente e reflectida: Não nos devemos expor a riscos físicos e ameaças sem que haja uma razão e justificativa para tal. Enveredar por uma zona montanhosa e de precipícios sem que haja uma avaliação prévia dos riscos, conhecimento prévio do local e necessidade de vida ou morte pode custar caro. Dor, sofrimento ou morte.

2 - A preparação necessária: Ninguém sai de casa a pensar em se magoar. Algumas vezes, acabamos por nos magoar mesmo em situações imprevistas e em ambientes que oferecem poucos riscos. Um pequeno kit de primeiros socorros numa mochila é algo de grande valia, mesmo num ambiente urbano. 


3 - A forma física apropriada: Esse quesito é praticamente auto explicativo. Você não vai fazer certas coisas se  faltam forças ou se possui alguma condicionante. Se você um septuagenário que está em má forma física e não se exercita com regularidade não deverá fazer certas coisas ainda que o espírito seja jovem e aventureiro. 

4 - A indumentária apropriada: Ninguém vai a um casamento a vestir fato de banho, assim como ninguém deve aventurar-se na montanha com calções de tecidos finos e chinelos. Você de certeza irá se magoar e passar por inúmeros desconfortos. 

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