sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Foxhole, o radio de Trincheira



O foxhole  é um radio super simples de construir pois não usa nenhum componente eletronico. Ele é um radio improvisado que foi amplamente utilizado pelos soldados nos campos de batalha na Segunda Guerra Mundial. É feito com um lápis de grafite, uma lâmina de barbear ou uma lâmina de aço comum,  um fone,  fio de cobre ou arame, pregos, alfinete e um tubo de cartão tipo o tubo do rolo de papel higiênico.



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Fukushima: Palco do momento mais perigoso para a humanidade

Estamos agora a cerca de um mês e meio do que pode ser o momento mais perigoso para a humanidade desde a crise dos mísseis em Cuba. Não há desculpas para não agir. Todos os recursos precisam estar focados no tanque de combustível do reactor quatro de Fukushima.

A empresa proprietária de Fukushima, a Tokyo Electric (Tepco), diz que daqui cerca de 45 dias eles começarão a tentar remover mais de 1.300 tubos de combustível de um dos tanques que está bastante danificado a cerca de 50 metros do chão. Este tanque está em cima de um prédio muito danificado que está
a afundar, e a entortar e pode facilmente cair com o próximo terremoto ou até mesmo sozinho.

As quase 400 toneladas de combustível naquela piscina podem derramar 15 mil vezes mais radiação do que foi derramada em Hiroshima.

A única coisa certa sobre essa crise é que a Tepco não tem os recursos financeiros ou científicos para lidar com a situação. Nem mesmo o governo japonês. A situação necessita de um esforço mundial coordenado dos melhores cientistas e engenheiros que a humanidade tem.

Por que é  isto é tão sério?

Nós já sabemos que milhares de toneladas de água extremamante contaminada estão a vazar de Fukushima desde 2011 e a ir directo para o oceano Pacífico. Já foram encontrados cardumes de sardinha com traços de contaminação na costa da Califórnia… E devemos esperar coisas muito piores.

A Tepco continua a lançar mais e mais água na região dos três núcleos dos reactores destruídos para de alguma forma mantê-los resfriados. O vapor que sai destes indica que a fissão nuclear pode ainda estar ocorrendo no subsolo. Mas ninguém sabe exactamente onde estes núcleos estão.

Esta água torna-se radioactiva ao entrar em contacto com o núcleo. Como não pode ser atirada fora,

na sua maioria está agora armazenada em milhares de enormes, mas frágeis, tanques que foram montados á pressa em volta do local. Muitos já estão a vazar. Eles podem simplesmente  desmontar-se no próximo terremoto, libertando milhares de toneladas de veneno de forma permanente no Pacífico.

A água que está sendo lançada no local está a prejudicar as bases das estruturas que sobraram, inclusive a do prédio que suporta o tanque de combustível da unidade quatro.

Mais de 6.000 barras de combustível estão num tanque apenas a cinquenta metros da unidade quatro. Algumas destas contendo plutónio. O tanque não tem nenhuma contenção extra, está vulnerável à perda do isolamento estrutural, ao colapso de algum prédio próximo, outro terremoto, outra tsunami e mais.

No geral, mais de 11.000 barras de combustível estão espalhadas ao redor da Fukushima. De acordo com o especialista do departamento de energia Robert Alvarez, há cerca de 85 vezes mais césio no local do que o
que foi libertado em Chernobyl. Pontos de radioactividade continuam a ser encontrados em todo o Japão. Há indicações de áreas com grande incidência de problemas na tiroide de crianças.

A missão principal é que estas barras de combustível devem sair de alguma forma com segurança deste tanque de combustível do reactor o mais rápido possível.

Qual o risco que estas barras de combustível apresentam?

O combustível gasto têm de ser mantido de alguma forma debaixo da água. É revestido em uma liga de zircónio que irá entrar em ignição se espontaneamente exposto ao ar. Usado por muito tempo em lâmpadas de flash de câmaras fotográficas, o zircónio queima com uma chama extremamente clara e quente.

Cada bastão emite radiação o suficiente para matar alguém próximo a ela em questão de minutos. A ignição de uma poderia forçar toda a equipe a abandonar o local e deixaria equipamentos eléctricos inutilizados.

De acordo com Arnie Gunderson, uma engenheira nuclear com quarenta anos de experiência numa indústria que fabrica estas barras de combustível, as que estão dentro do reactor da unidade quatro estão
tortas, danificadas e rachadas ao ponto de quebrarem. As câmaras mostraram quantidades preocupantes de destroços no tanque de combustível, que parece estar bastante danificado.

Os desafios de esvaziar este tanque são cientificamente enormes, diz Gundersen. Mas deverá ser feito com 100% de perfeição.

Se a tentativa falhar, as barras podem ser expostas ao ar e pegar fogo, libertando quantidades terroríficas de radiação na atmosfera. O tanque pode cair no chão, derrubando as barras juntas numa pilha que poderia activar a fissão e explodir. O resultado seria uma nuvem radioactiva que ameaçaria a segurança e saúde de todo o mundo .

Os primeiros vestígios de radiação que Chernobyl emitiu chegaram á Califórnia em dez dias. Os vestígios de Fukushima chegaram em menos de uma semana. Um novo incêndio no tanque de combustível do reactor quatro pode dar origem a uma corrente contínua de radiação venenosa durante séculos.

O embaixador reformado Mitsuhei Murada diz que se esta operação der errado, “destruiria o ambiente
mundial e nossa civilização. Não é ciência astronómica ou liga-se com debates sobre plantas nucleares. Esse é um assunto sobre a sobrevivência humana”.

Nem a Tokyo Electric nem o governo do Japão pode fazer isso sozinho. Não há desculpas para não organizar um esforço conjunto mundial dos melhores engenheiros e cientistas disponíveis.

O relógio está a contar e não podemos evitá-lo. O desfecho de um possível desastre nuclear mundial está quase a bater á porta. Para ajudar, a melhor coisa que você pode fazer é passar esta informação para outras pessoas afim de mobilizar e consciencializar o mundo do perigo que estamos a enfrentar  e assim pressionar as autoridades a  organizarem-se.

(adaptado para PT-PT)

Fonte: Blog Sobrevivencialismo.com
http://sobrevivencialismo.com/2013/10/10/fukushima-palco-do-momento-mais-perigoso-para-a-humanidade/#more-3979

sábado, 12 de outubro de 2013

Bloomberg prevê o apocalipse da economia global

         
Os EUA ainda não conseguem definir uma solução para a crise orçamental, o que, por sua vez, adia as negociações sobre outro tema importante – o de aumento do teto da dívida pública. No entanto, a falta de notícias dos EUA já faz com que os mercados mundiais comecem a sentir febre. Por sua vez, a agência Bloomberg prognostica um apocalipse global, caso o congresso americano não seja capaz de encontrar uma solução até 17 de outubro. Para esta data, o tesouro público dos EUA ficará apenas com 30 bilhões de dólares, o que equivaleria a uma falência técnica da maior economia mundial. A Bloomberg, uma das mais prestigiosas agências de informação empresarial, prediz o colapso da economia mundial, se os EUA declararem a suspensão do pagamento da dívida e não estiverem em condições de pagar as obrigações estrangeiras. Os analistas comparam a suspensão do pagamento da dívida com a falência do banco de investimento Lehman Brothers que antecedeu a crise de 2008, e afirmam que agora tudo vai ser ainda pior. Naquela altura, a quebra do Lehman Brothers provocou uma recessão, a mais grave desde os tempos da Grande Depressão nos EUA, tornando-se ponto de partida da crise financeira global, da qual o mundo não se consegue recuperar até ao momento atual. Se agora os EUA pararem de pagar a dívida, isto levará à desestabilização dos mercados de valores desde São Paulo até Zurique, paralisando o mecanismo creditício ao serviço da dívida pública, cujo valor atinge 5 trilhões de dólares. Por sua vez, o último derrubará a moeda americana empurrando a economia global para o "fim do mundo", acreditam na Bloomberg. Os países que investiram nos títulos americanos mais que todos – a China e o Japão – serão os mais afetados. Enquanto isso, uma semana de paralisação do governo dos EUA já reduziu em 0,2% os ritmos de crescimento do PIB. A situação é bastante complicada. São a reputação dos EUA e o sistema político do país que sofrem maiores prejuízos devido à incerteza orçamentária, julga Valeri Piven, analista da empresa Life Capital ProBusinessBank: “Os investidores começam a duvidar da eficiência do aparelho estatal dos EUA. No que diz respeito a outros efeitos vinculados ao pagamento dos serviços da dívida pública, serão danificados praticamente todos, inclusive os países que não têm investimentos volumosos. Porque a taxa de títulos do tesouro é um marco de referência sui generis. No caso de aumento dos riscos de não-pagamento essa taxa irá crescer, e logo a seguir irão crescer também as taxas de todas as obrigações existentes no mundo. Em resumidas contas, o custo dos empréstimos será maior.” O Congresso dos EUA ainda tem nove dias para a salvação. No entanto, a confrontação dos democratas e dos republicanos continua, comenta Alexei Golubovich, presidente da companhia Arbat Capital: “No Congresso está decorrendo uma luta entre os republicanos e os democratas que disputam concessões em algumas verbas do orçamento e também o programa de seguro de saúde, o qual os republicanos pretendem cortar, enquanto Obama atua, neste caso, desde uma posição populista. Este é o significado de todos os acontecimentos. Os republicanos precisavam inicialmente de bloquear o financiamento orçamentário do governo, o que eles alcançaram fazer, para mostrarem que, seja como for, têm algumas forças para continuar resistindo ante Obama.” Muitos especialistas não compartilham o pessimismo da Bloomberg e o consideram prematuro. Eles acreditam que o desenvolver da situação não chegará até a moratória. Mais cedo ou mais tarde, pensam eles, os republicanos e os democratas irão acordar no Congresso tanto sobre uma possível redução das despesas como sobre o aumento do teto da dívida pública, crê Alexei Golubovich: “O limite da dívida publica não pode ficar sem ser aumentado, o que é evidente para sérios economistas e especialistas em matéria de mercados financeiros, portanto não se pode tratar de nenhuma falência dos EUA. Nos EUA será encontrada uma forma de chegar a acordo e as despesas orçamentárias prosseguirão sendo financiadas. Na melhor das hipóteses, o orçamento ficará ligeiramente cortado sob a pressão dos republicanos; na pior opção, os republicanos se renderão.” Raymond McDaniel, CEO da Moody’s, influente agência de notação financeira, também não duvida que a falência dos EUA é pouco provável. Segundo ele, a versão da moratória por parte do Tesouro é "fantástica”. Ao argumentá-lo McDaniel se refere aos acontecimentos de há dois anos. Naquela altura, a decisão sobre o aumento do teto da dívida pública também demorou bastante tempo devido à confrontação no congresso, mas afinal de contas os republicanos e os democratas lograram chegar ao consenso.

Fonte: Rádio Voz da Russia